Jovem torturado em poste não reconhece nenhum dos 14 detidos

Jovem torturado em poste não reconhece nenhum dos 14 detidos
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

O garoto de 15 anos que foi preso pelo pescoço em um poste e torturado no Aterro do Flamengo, na última sexta-feira (31), afirmou ser capaz de reconhecer boa parte dos agressores que o espancaram, porém, no momento em que viu as fotos dos 14 rapazes detidos na segunda-feira (3) sob acusação de agredir dois adolescentes no Aterro, a vítima afirmou que não reconhece nenhuma das pessoas. 

O rapaz estava desde sábado (1) em um abrigo da prefeitura, de acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, mas aguardou a diretora voltar de férias para poder narrar sua versão sobre o acontecimento e, então, prestar depoimento à Polícia Civil. 

Uma outra informação relevante foi dada pelo jovem, que afirmou já ter visto os homens que o agrediram fazendo exercícios em uma academia de musculação ao ar livre, também no Aterro. À diretora da unidade, o adolescente contou que foi abordado por cerca de 30 pessoas em 15 motos quando estava com três amigos na avenida Rui Barbosa. Diante da situação, o quarteto bem que tentou fugir, mas desistiu após perceber que um dos agressores estava com uma arma de fogo. 

A polícia continua investigando o caso, e tenta descobrir se a agressão tem relação com uma confusão registrada por volta de 23h de segunda-feira (3) no Aterro do Flamengo. Foi naquela noite que a polícia acabou detendo os 14 jovens não identificados pela vítima. Os agentes ouviram gritos de dois adolescentes, que  pediam socorro porque temiam ser agredidos. Não houve prova da agressão e, na delegacia, apenas dois detidos aceitaram prestar depoimento.

De acordo com um dos rapazes que gritaram por socorro, são feitas convocações em uma comunidade do Facebook para que sejam realizados "patrulhamentos" contra assaltos na região. 

Sobre a possível relação dos dois casos, a delegada Monique Vidal explica que ainda não é possível chegar a uma conclusão: "Um fato tem a ver com o outro. Pode ser que sim, mas eu não posso afirmar. A gente precisa de imagens, de testemunha, da vítima. Não é porque apareceram garotos querendo patrulhar que eles fizeram isso com o outro".

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