No Rio, suspeito da execução de jovem com três tiros na cabeça é identificado

No Rio, suspeito da execução de jovem com três tiros na cabeça é identificado
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

Polícia civil do Rio de Janeiro conseguiu identificar o executor de jovem assassinado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O vídeo de 18 segundos exibe o assassinato à queima roupa de um rapaz sentado no asfalto acompanhado de um outro jovem, quando uma motociceta com dois homens se aproxima e o da garupa dispara três tiros contra o jovem sentado no chão. As imagens foram divulgadas pelo jornal carioca Extra. O crime ocorreu em uma área onde existe a disputa pelo poder entre traficantes e milicianos. 

A investigação do caso ficou sob a responsabilidade da 54º DP de Belford Roxo. Os investigadores estão ouvindo testemunhas para identificar aos outros envolvidos no episodio. O nome do criminoso não foi revelado.

A ação de justiceiros vem se tornando cada vez mais comum, como no ocorrido na Zona Sul do Rio de Janeiro, o episodio do adolescente preso com uma tranca de bicicleta no pescoço e amarrado a um poste. A ação da polícia se deu de forma rápida, devido à propagação das imagens e reações populares nas redes sociais.

Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, Felipe Santa Cruz, o crescente aumento deste tipo de crime se deve à certeza de impunidade que os criminosos acreditam ter. “As imagens mostram que o executor não teve sequer o trabalho de esconder o rosto. Ele parou a motocicleta e matou um homem no meio de uma rua movimentada durante o dia. Isso prova que esse tipo de crime não é exceção na Baixada. A diferença é que esse foi gravado e amplamente divulgado”, explica o advogado. Para ele, a crença na impunidade é a principal razão para a despreocupação com o anonimato.

De acordo com Santa Cruz, os crimes não são investigados devidamente pela polícia, o que permite que os autores continuem em liberdade e cometendo novos crimes. “A OAB está extremamente preocupada com a atuação de justiceiros no Rio, seja de grupos de lutadores, como os que espancaram e amarraram um suspeito de furto no Flamengo, ou de milicianos que atuam há anos na Baixada Fluminense”, afirmou o presidente da OAB.

Santa Cruz declarou também que a população do Rio de Janeiro aceite a ação de justiceiros como algo banal, pois o advogado acredita que a admissão de crimes bárbaros como estes é o caminho para o descontrole da sociedade, para a desordem. “Quem hoje amarra um suposto assaltante num poste amanhã mata um inocente”, disse o advogado.

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