Petrobras: Graça Foster comparece em sessão no Congresso para afastar CPI

Petrobras: Graça Foster comparece em sessão no Congresso para afastar CPI
Carol Souza
Por Carol Souza

Na manhã desta terça-feira (15) a presidente da estatal Petrobrás Graça Foster está participando de uma sessão conjunta no Congresso com as comissões de Assuntos Econômicos e de Fiscalização e Controle do Senado na tentativa de afastar uma possível CPI para investigações das suspeitas que pesam contra a empresa de petróleo.

Apesar de sua participação no Congresso, convidada a falar na Câmara, Graça cancelou sua participação.

A estratégia dos governistas é protelar a abertura da investigação no Congresso. Na semana passada, os senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) se valeram do argumento de que é necessário aguardar uma resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) para defender que a decisão sobre a CPI da Petrobras fosse adiada.

Assim, os governistas contam com o depoimento da presidente da estatal para esfriar o noticiário e enfraquecer a ideia de que a investigação seja necessária. Do outro lado, a oposição deve repetir o que fez na semana passada, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado: esvaziar a sessão desta tarde chamada para aprovar uma CPI ampliada - que incluiria temas ingratos ao PSDB e ao PSB.

Blindagem

Enquanto os aliados do Planalto armam sua estratégia para garantir a blindagem de Graça Foster, os oposicionistas - que são minoria - tentarão questionar a presidente da estatal sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA), tida como um mau negócio. "Precisamos saber por que não houve providências desde 2012, quando a compra da refinaria foi denunciada", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

Na prática, por motivos bem diferentes, o adiamento é desejado por governo e oposição. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também defende que é preciso aguardar o parecer do Supremo sobre os dois mandados de segurança sobre ampliação da CPI, que estão nas mãos da ministra Rosa Weber. Outros líderes do governo lembram ainda que há uma medida provisória trancando a pauta - a MP das Coligadas.

O líder do PSB no Senado, Aloysio Nunes (SP), é um exemplo de que a oposição não tem pressa. "Uma decisão do plenário não tem legitimidade, assim com não teve a decisão da CCJ", diz ele. (AE)

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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