Cacildis! Completam-se 20 anos da morte do trapalhão Mussum

Completando-se hoje, terça-feira (29), 20 anos do falecimento do humorista Mussum, parece que o personagem nunca esteve mais vivo na memória dos fãs da trupe de "Os Trapalhões". Contando com uma biografia recém-lançada e seus inesquecíveis rosto e sorriso estampados em camisetas e em rótulos de cerveja, como a Biritis, lançada por um de seus filhos em sociedade com amigos, as homenagens ao "bêbado da turma" são constantes.

Com a explosão das redes sociais, Mussum virou um hit na internet, tanto por seu por seu jeito peluciar de falar como por atitude boêmia, adotada por muitos jovens. Seu personagem ainda hoje é evocado pela trajetória marcante que traçou em, podemos dizer, poucos 53 anos de vida.

"Era um personagem popular, feito por um talentoso artista com ótima formação", afirma Juliano Barreto, autor da biografia "Mussum Forévis - Samba, Mé e Trapalhões", lançada pela editora Leya.

Tendo por Antônio Carlos Bernardes Gomes seu nome de batismo, o carioca frequentou colégio interno e trabalhou na Aeronáutica antes de despontar na TV, no início, como músico do Originais do Samba e depois como ator. Curiosamente, apesar do sucesso, Mussum relutou na carreira de ator ao lado de Didi, Dedé Santana e Zacarias. "Eram apresentações em que se destacava com piadas e caretas. Mas, de início, ele resistiu à ideia de ser ator", afirma Juliano.

E após ceder à parceria, fez tanto sucesso que foi obrigado a deixar o grupo de samba por falta de tempo. "Mas ele, flamenguista fanático, nunca deixou a música e sempre foi ativo no morro e na escola de samba da Mangueira", completa Barreto, lembrando ainda que Chico Anysio, outro símbolo da comédia no Bralis, foi quem incentivou Mussum a falar com os "is" nos finais de palavras, tão característicos como seu até hoje cultuado "cacildis".