Cercada de polêmicas, "Sexo e As Negas" estreia com ótimos números

Cercada de polêmicas, "Sexo e As Negas" estreia com ótimos números
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

O novo projeto de Miguel Falabella para a rede globo, "Sexo e As Negas", é de longe o mais polêmico de sua carreira. Mesmo antes de estrear, o ator teve que responder por várias acusasões de racismo, e a emissora foi sede de vários protestos. "Fale bem ou fale mal, mas fale de mim", toda essa polêmica fez com que a audiência na estreia do programa superasse - e muito - os números esperados, ultrapassando inclusive, os números da novela O Rebu.

Polêmicas e acusações de rascimo

A Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (Seppir) recebeu quase duas dezenas de denúncias de racismo contra a série. O que rendeu à Globo uma notificação do órgão federal.

Além disso, dois protestos contra o seriado de Miguel Falabella foram programados pela Organização Uneafro Brasil (União de Núcleos de Educação Popular para Negros e Classe Trabalhadora) e Auto Defesa Negra por meio do Facebook. No entanto, o boicote ao projeto não funcionou.

Estreia

Na estreia da última terça-feira (16), a nova série global marcou 12,5 pontos de audiência, segundo dados prévios do Ibope. O índice é maior que o marcado pelo remake de "O Rebu" nas últimas duas semanas.

Há quem garanta que a escolha do nome da produção tenha sido infeliz. Há quem acredite que Falabella fez um inspirado trocadilho ao misturar o nome da série americana "Sex And The City" com uma gíria bastante comum na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Ao assistir o primeiro episódio, ficou claro que o preconceito racial passa longe do Cordovil criado pelo autor. Assim como "Pé na Jaca", mostra um olhar sensível sobre a vida do subúrbio carioca onde sai a morte e entra a feminilidade com um toque erótico.

Ao contrário do que se imaginava, o sexo ficou em segundo plano. A história gira em torno da história de vida das quatro protagonistas negras. Que poderiam ser brancas, ruivas, nipônicas...

A marca de Falabella estava no texto com seu inspirado frasismo. Principalmente, na hora de abordar o preconceito contra o negro. "Quatro pretas nessa lata velha vai ser parada em tudo quanto é blitz", reclamou um personagem ao comprar um carro usado.

Outro ponto positivo foi a ideia da direção em fazer de Tilde (Corina Sabbas), Zulma (Karin Hils), Lia (Lilian Valeska) e Soraia (Maria Bia) uma espécie de "Dreamgirls" brasileira no final do episódio.

Ainda assim, o projeto apresentou alguns problemas. O roteiro explicativo demais quebrou o ritmo da história. As cenas de sexo pareceram um tanto gratuitas dentro de uma história cujo tema era mobilidade urbana. O próprio assunto foi explorado de forma tão superficial que se não tivesse sido anunciado pelo narrador passaria batido.

Fonte: MSN

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