Padre Marcelo Rossi comenta polêmica sobre investigação do Vaticano

"Se houve fiscalização, houve reconhecimento", disse ele em entrevista no "Altas Horas"

Padre Marcelo Rossi comenta polêmica sobre investigação do Vaticano
Carol Souza
Por Carol Souza

Na noite deste último sábado (18) o padre Marcelo Rossi comentou o vazamento da notícia de que teria sido investigado pelo Vaticano por quase uma década.

Em entrevista no programa "Altas Horas", de Sérginho Groisman na Rede Globo, o padre comentou a repercussão do assunto, vazado nas últimas semanas pela mídia, e parecendo despreocupado com o assunto afirmou que, "se houve fiscalização, houve também o reconhecimento". 

"Eu li. Hoje você vai fazendo certos encaixes e você percebe. Não há problema nenhum. Eu acho interessante que as pessoas saibam que muitos ficam, sempre no início, [se perguntando] 'qual é a desse padre?', 'o que ele quer?', 'ele quer aparecer?', 'qual é o objetivo dele?'. E, graças a Deus, não só [a igreja] entendeu, como o próprio papa Bento 16 me deu o prêmio Van Thuân de 'Evangelizador Moderno' [em 2010]. Então, acredito que, se houve fiscalização, houve reconhecimento", comentou o padre Marcelo

Segundo apurou UOL, o padre Marcelo Rossi teve seus passos, CDs, livros, missas e aparições na TV seguidos de perto pelo Vaticano do final dos anos 90 até cerca de quatro anos atrás devido ao seu sucesso.

A investigação, que durou quase 10 anos, foi provocada por uma denúncia feita por um religioso brasileiro, que acusou o padre de culto ao personalismo, exibicionismo por ir demais às TVs, de desvirtuar as práticas católicas e de transformar a missa em uma espécie de "circo".

A fiscalização foi comandada pela Congregação para a Doutrina da Fé, liderada pelo cardeal Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornaria o papa Bento 16.  A Congregatio pro Doctrina Fidei é o novo nome que o Vaticano dá para a assassina Inquisição.

Entre o final dos anos 90 e a década de 2000, a Congregação recebia regularmente vídeos com as participações do padre Marcelo em programas como o de Gugu Liberato no SBT e de Fausto Silva, na Globo.

O outro lado

Procuradas na ocasião, tanto a Nunciatura Apostólica em Brasília --a embaixada do Vaticano no Brasil--, quanto a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se recusaram a comentar a investigação que o Vaticano lançou sobre o padre Marcelo Rossi do final dos anos 90 até a segunda metade dos anos 2000.

Já a assessoria da Mitra de Santo Amaro e do bispo dom Fernando informou que o bispo desconhece a investigação do Vaticano a respeito do trabalho do padre Marcelo Rossi.

Por meio da assessoria, a Mitra diz que, se a sindicância realmente ocorreu, "trata-se de uma coisa do passado, e, como tal, já passou."

Fonte: UOL

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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