"Velozes e Furiosos 7" gastou R$ 160 milhões para "reviver" Paul Walker

Produtores recorreram ao estúdio de Peter Jackson para fazer um tratamento de última geração no longa

"Velozes e Furiosos 7" gastou R$ 160 milhões para "reviver" Paul Walker
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

Após a morte de Paul Walker, em novembro de 2013, muito especulou-se sobre como ficaria a situação de "Velozes e Furiosos 7", que já estava sendo filmado na época. Isso também foi uma grande dor de cabeça para os produtores do longa-metragem, mas ao final de muita discussão, foi decidido que o trabalho não seria dado como terminado, e a tecnologia do século XXI entraria em ação para reviver o astro de Hollywood, graças a filmagens antigas, takes atuais, dublês e muitos detalhes de computação gráfica. 

É claro que o tempo para término da produção cresceu, assim como o orçamento, que pulou de US$ 200 milhões para US$ 250 milhões, totalizando um acréscimo de aproximadamente R$ 160 milhões.

Os estúdios Universal explicaram que os dois irmãos do ator foram usados para completar as cenas restantes, e que imagens de Paul Walker em filmes anteriores serviram de base para a reconstrução. Mas os produtores evitaram entrar em detalhes sobre o uso de tecnologia - provavelmente para não sugerir que a presença física de Walker seria dispensável ao filme.

O processo de recriação do ator foi feito pela Weta Digital, empresa especializada de Peter Jackson. Os técnicos da Weta se recusaram a dar explicações, mas outra empresa, The Mill, explicou como recriou digitalmente o ator Oliver Reed, falecido durante as filmagens de Gladiador. No caso, uma máscara virtual foi aplicada sobre o rosto de um dublê: "Ele também tinha diálogos, então mudamos o movimento da boca".

A mesma empresa desenvolveu um comercial de televisão com uma versão computadorizada de Bruce Lee. "Nós criamos o rosto dele inteiramente em efeitos especiais, e os movimentos do corpo usavam cenas do ator como referência. [...] Os olhos exigem bastante trabalho. Manter os movimentos da musculatura contínuos e a construção dos olhos é o segredo para parecer real".

Em outro caso, o supervisor de efeitos especiais Scott Squires, que trabalhou em Capitão América 2 - O Soldado Invernal, falou sobre a nova prática de escanear atores desde o início das filmagens, para facilitar o trabalho dos técnicos na pós-produção: "Certos estúdios mantêm imagens escaneadas dos atores, nos arquivos".

Paul Walker e Roger Rodas faleceram no dia 30 de novembro de 2013, Em Santa Clarita, Los Angeles, Califórnia. Os dois saíam de um evento beneficente quando perderam o controle do veículo e se chocaram com um poste, causando uma explosão que incendiou o carro.

De acordo com informações divulgadas pelo site do jornal americano Los Angeles Times, a investigação concluiu que o acidente foi causado pela alta velocidade, após coletar imagens de câmeras de segurança e dados eletrônicos obtidos com a montadora do veículo.

Na hora da colisão, o Porsche dirigido por Roger Ruas, amigo de Paul, que estava no banco do passageiro, estava a 150 km/h.

"Os investigadores concluíram que a causa da colisão fatal do veículo foi a velocidade insegura para as condições da pista", disse o oficial Mike Parkere, do Departamento de Polícia do Condado de Los Angeles.

Além da alta velocidade, outro fator apontado pela investigação como causador da tragédia foram os pneus, com mais de nove anos de uso, descartando a hipótese de falha mecânica, como sugerido anteriormente.

Com informações dos portais O Povo e Adoro Cinema.

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