Dom Paulinho, de The Voice, repudia críticas de Ed Motta aos brasileiros

"Cara você não sabe o que é tocar para 3 pessoas numa casa que cabem 200", diz o músico

Dom Paulinho, de The Voice, repudia críticas de Ed Motta aos brasileiros
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

Após a grande repercussão das críticas feitas por Ed Motta aos brasileiros "sem cultura" que vão aos seus shows no exterior e pedem músicas em português, uma série de internautas começaram a criticar o cantor por seus comentários, e quem também entrou na briga foi Dom Paulinho, que conquistou notoriedade nacional ao participar do programa "The Voice". Confira a publicação feita por ele em repúdio às palavras de Ed:

"Oi Ed Motta, muito prazer!

Sou Dom Paulinho Lima, cantor, baterista e... digamos. .. um fã chateado contigo no momento. Chocado, tipo. .. ''to bege'' da cara com o que você disse ontem sobre o seu público. Dei uma olhada nos comentários que postaram. Tentarei ser um pouco mais brando. Bom, então lá vai:

Tenho 36 anos de profissão, mas precisei participar de um programa de televisão (The Voice Brasil) para o mundo conhecer meu trabalho e meu talento. Ah sim. Quando escrevi MUNDO, lê se pouco menos de 500 mil pessoas aqui na minha Fã Page, mais umas 5 mil no Facebook pessoal, família e vizinhos.

Consegui gravar meu primeiro trabalho e desculpe a má palavra, to "me ferrando" para divulgar, vender e consolidar minha carreira. Trabalho muito. Mato um leão, duas onças e um cachorro por dia, fazendo shows e garantindo uma agenda que supre minhas necessidades. Ando num carro velho e moro na casa da sogra. Reclamando? Não, Ed. To na luta e muito feliz com tudo isso.

Agora, a pergunta: Você jura de pé junto que te incomoda o SEU PÚBLICO, comprar seus discos, gostar das suas músicas, pagar ingresso, comparecer aos seus shows e gritar ''toca Manuel, Colombina!!!''

Meu amigo, até morrer "Jobim tocou Garota de Ipanema"; 51 anos de carreira e até hoje Milton Nascimento canta "Travessia"; Fagner, "Canteiros"; Roberto Carlos, "Emoções"; Djavan, "Flor de Liz"; e, se estivesse viva, Elis Regina cantaria "O Bêbado e o Equilibrista.

Você está com algum desafeto com suas musicas? Ou você não atinou que parte da sua discografia (incluindo a parte que agora desdenha...) é responsável pela bela agenda que você tem HOJE e fez o artista que você é?!

Ah eu falei alguma coisa sobre O POVO QUE CONSOME SEUS DISCOS, VAI NOS SEUS SHOWS...???

O meu velho... Você está com a faca, o queijo e a goiabada nas mãos. Mais uma vez peço desculpas pelas palavras, ma "Não fode!!!"

Ou, continue se arriscando soltando essas perolas no Facebook... Cara você não sabe o que é tocar para 3 pessoas numa casa que cabem 200... Ou pior, se sabe, parece que esqueceu...

Então, acho que é um bom momento para aproveitar e AGRADECER ao meu público e aos meus fãs:

OBRIGADO a cada um de vocês que vai aos meus shows, compra o meu disco, me aborda nas ruas para tirar uma foto, ou que simplesmente dá um sorriso ao ver qualquer sinal do meu sucesso, por estar feliz por mim. Se eu sou alguma coisa, é graças a VOCÊS, meu público!

Bom trabalho. Paz."

Entenda a polêmica

Toda essa confusão começou quando o cantor postou uma agenda de shows na Europa, através de sua página oficial no Facebook. Ele aproveitou para criticar brasileiros que vão assistir às suas apresentações no exterior e pedem músicas em português. Para ele, esse povo que grita e pede essas coisas nos concertos não têm cultura, e são todos fãs de sertanejo, forró, axé, entre outros estilos musicais de sucesso atualmente. 

“Não tem músicas em português no repertório, eu não falo em português no show… Preciso me comunicar de forma que todos compreendam, o inglês é a língua universal, então pelo amor de Deus, não venha com um grupo de brasuca berrando “Manuel” porque não tem, e muito menos gritar “fala português Ed”… “, escreveu na postagem.

"Meu público brasileiro de verdade na Europa, é um pessoal mais culto, informado, essas pessoas nunca gritaram nada, o negócio é que vai uma turma mais simplória que nunca me acompanhou no Brasil, com camiseta apertada tipo jogador de futebol, com aquele relógio branco, e começa gritar nome de time. Não gaste seu dinheiro, e nem a paciência alheia atrapalhando um trabalho que é realizado com seriedade cirúrgica, esse não é um show para matar a saudade do Brasil, esse é um show internacional", prosseguiu. 

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