Luto! Morre a cineasta Chantal Akerman
Causas da morte ainda não foram reveladas; Chantal tinha 65 anos
Bélgica em luto! Faleceu na última segunda-feira (05) a cineasta Chantal Akerman, que dirigiu filmes como "La captive" e marcou profundamente o cinema da década de 70, aos 65 anos de idade, na capital da França, informou a imprensa local. As causas da morte ainda não foram reveladas, mas alguns jornais franceses dizem que a diretora pode ter cometido suicídio. De origem judia e nascida em Bruxelas, ela morou em Paris e Nova York.
Atualmente, estava produzindo "No Home Movie", contando a chegada de sua mãe à Bélgica, depois de fugir da Polônia, informou o jornal "Le Soir".
"Jeanne Dielman, 23, quai du commerce, 1080 Bruxelles" (1975), no qual narra a história de uma jovem viúva que se prostitui em casa, é considerado o filme que a consagrou como diretora.
Chantal experimentou diversos gêneros do cinema como a comédia musical, com "Golden Eighties" (1986); a comédia romântica, com "Um Divã em Nova York" (1996); ou histórias de amor mais profundas, como "Nuit et jour" (1991).
Ela também produziu documentários. Um dos mais aclamados é "De l'autre côté" (2002), sobre mexicanos que cruzam ilegalmente a fronteira com os Estados Unidos.
As relações sexuais, a religião e a solidão foram temas recorrentes de uma filmografia caracterizada pela rigidez de sua encenação e por um estilo pessoal, um cinema complexo marcado por sua militância feminista e que não cedia a concessões formais ou temáticas.
Participou da seção oficial do Festival de Berlim em 1989, com "Histoires d'Amérique", e no de Veneza em 1991, com "Nuit ey jour", além de conseguir uma indicação ao César do cinema francês por seu documentário "Là-bas" (2006).
Em 2004, Chantal recebeu a Medalha Federico Fellini, concedida pela Unesco, por sua contribuição à difusão e respeito à diversidade cultural. (Fonte: EFE)