Circles: Álbum póstumo de Mac Miller é lançado e emociona fãs

O álbum conta com 12 músicas, já disponíveis nas plataformas
O álbum conta com 12 músicas, já disponíveis nas plataformas
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Mac Miller teve uma curta e intensa carreira, marcada por recordes de vendas e, como já é de se esperar de um artista de alto nível, polêmicas. O primeiro desafio do músico foi conseguir superar sua reputação inicial como um rapper de fraternidade branca e conquistar o respeito de seus maiores ídolos, a exemplo de Jay-Z, que certa vez utilizou sua conta no Twitter para elogiar Miller, à época dos primeiros lançamentos do rapaz, que dedicava-se a rimas mais complexas e agressivas em comparação aos trabalhos mais recentes. Em "Circles", álbum póstumo de Miller, lançado oficialmente nesta sexta-feira (17), o clima das músicas é diferente, sem deixar de ser interessante. 

O músico já estava gravando o álbum quando faleceu, em setembro de 2018, vítima de uma overdose acidental, e ele próprio já havia imaginado o álbum como uma continuação, ou pelo menos um parceiro direto do anterior, "Swimming", lançado em agosto daquele ano. Coube à família decidir o que fazer com o álbum, e como fazer. “Esse é um processo complicado que não tem resposta certa. Não há um caminho claro", afirmava um comunicado dos familiares na página do artista no Instagram. “Nós simplesmente sabemos que era importante para Malcolm que o mundo o ouvisse", dizia o texto, garantindo a produção do disco, que ficou por conta de Jon Brion. 

O produtor, que já trabalhava com o astro, manteve a linha criativa da obra lançada em 2018, com grooves profundos, orquestras e menos sílabas nas letras de Miller, que à época de "Swimming", já exibia um perfil mais exausto, condizente com a evolução da sua linha de composição. Dessa vez, o importante não era mais agradar seus ídolos, e sim fazer sua própria música, do jeito que bem entendesse, mesmo que quebrasse expectativas de fãs pelo caminho. Com isso, pode-se dizer que, ouvindo as canções de "Circle", Mac Miller se despede com uma obra profunda, que pode simbolizar seu último grito pela paz. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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