James Hetfield, do Metallica, fala sobre futuro pós reabilitação: "Não sabemos o que virá pela frente"

'Vamos nos reunir, conversar e descobrir o que funciona melhor para nós', disse o vocalista.
'Vamos nos reunir, conversar e descobrir o que funciona melhor para nós', disse o vocalista.
Carol Souza
Por Carol Souza

Após passar cinco meses em uma clínica de reabilitação encarando um tratamento para problemas com o alcoolismo, James Hetfield, vocalista do Metallica, fez a sua primeira aparição pública desde setembro de 2019.

Participando de um evento no último dia 30 de janeiro, Hetfield mostrou parte da sua coleção de carros em uma exposição que aconteceu em Los Angeles, no Petersen Automotive Museum, entre fãs e adoradores de carros antigos.

O vocalista estava bem humorado, conforme relatos, e apareceu visivelmente mais magro do que quando adentrou à clínica. Após apresentar os carros e as guitarras que seriam leiloadas no evento, Hetfield bateu um papo com os fãs, e falou sobre o futuro do Metallica, agora que saiu da reabilitação.

Questionado sobre o sucessor de "Hardwired ... To Self-Destruct", de 2016, James disse que ainda é cedo para traçar planos para o futuro: "Essa é uma ótima pergunta. Nós não sabemos. No momento, estou sentado no Museu Petersen [risos] e não sei o que vai acontecer. Essa é a beleza disso tudo. Vamos nos reunir, conversar e descobrir o que funciona melhor para nós. Não sabemos o que virá pela frente. E meio que prosperamos assim mesmo, com medo do desconhecido. Estar com um pouco de medo é o suficiente para se sentir vivo".

Sobre o seu lugar como líder de uma das mais importantes bandas do rock, James foi modesto: "Eu queria estar em uma banda, simplesmente sabia disso. Sabia que isso iria acontecer e que eu faria isso acontecer. Comecei a tocar com alguns amigos em uma banda chamada Obsession, onde fazíamos covers em festas da escola. Daí em diante, depois que me mudei, passei a sair com pessoas um pouco melhores do que eu. Foi assim que aprendi a ficar um pouco melhor. Só sabia que era isso que eu queria fazer, e faria a qualquer custo. Nos anos 1980 em Los Angeles, todos os guitarristas estavam tentando ser Eddie Van Halen, havia milhões deles. Toda banda procurava um vocalista. Então vendi minha guitarra, meu amplificador, um PA e um microfone, e decidi que queria ser cantor. Esse era o próximo objetivo. Quando encontrei Lars novamente, disse a ele: 'Não estou mais tocando violão, estou apenas cantando’. E ele respondeu: 'Bem, vamos procurar um guitarrista então'. Mas ninguém conseguia tocar guitarra como precisávamos, e acabei voltando para ela. Mudamos de ideia: 'Vamos procurar um vocalista agora’. E ninguém conseguia cantar como queríamos, então falei: 'Ok, cantarei até encontrarmos um vocalista'. Isso acabou se tornando necessário. Era um desafio para mim, mas insisti nisso e recebi muito apoio. Muitas pessoas disseram: 'Isso é legal. Vocês não precisam de um frontman, porque você mesmo não assume tudo a partir de agora?’. Fiquei meio que preso nessa posição de vocalista e guitarrista, e as poucos as pessoas ao meu redor me deram confiança para crescer, evoluir e seguir em frente".

Vale ressaltar que o primeiro show do Metallica em 2020, um concerto beneficente da fundação "All Within My Hands" segue confirmado para o dia 28 de março em San Francisco, Califórnia, seguido por uma série de datas das turnês mundiais e apresentações duplas em cinco festivais nos EUA. 

No Brasil, os shows acontecem em 4 cidades, também no mês de março, sendo elas Porto Alegre (21 de abril), Curitiba (23 de abril), São Paulo (25 de abril) e Belo Horizonte (27 de abril). Em todas as apresentações, a banda será acompanhada pelo Greta Van Fleet e pela nacional Ego Kill Talent.

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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