Em entrevista, Ludmilla fala sobre autoaceitação e preconceito no mundo do funk

Em entrevista para a revista Marie Clarie, Ludmilla desabafou sobre liberdade de expressão, preconceito no mundo do funk e o desafio de autoaceitação ao longo da carreira.

Recentemente, Ludmilla enfrentou um processo por causa da letra de sua música “Verdinha”, que vem sendo acusada de fazer apologia ao uso da maconha. A cantora comentou sobre a hipocrisia desta situação “Tenho direito à liberdade de expressão e meus advogados estão vendo isso”, diz sobre a acusação e emenda: “Brasileiro idolatra a galera lá de fora, diz que os americanos são muito bons, e lá a parada é legalizada com organização. A loja que vende parece a Apple. Você só entra com cadastro, tem um iPad do lado de cada planta que diz se causa relaxamento etc. Chegou a hora de o Brasil dar um start e estudar uma maneira correta de fazer a coisa. Muita gente de paletó vai perder dinheiro, o probleminha está aí”.

Sobre o preconceito com o funk e a idéia de alguns políticos de proibirem os bailes, ela diz: “Vira e mexe querem proibir o funk. É ano de eleição e tem político querendo levantar isso, em vez de pegar uma causa decente. A menina Ágatha morreu de tiro e não vi nenhum político prestar sentimentos à família, bancar o velório.”

Outro assunto abordado, foi sobre autoaceitação. Ludmilla comentou que no início da carreira tinha baixo auto estima e evitava alguns programas de tv e clipes por causa disso “Me achava feia pra caraca. Não queria fazer programa de televisão, clipe. Ia praticamente obrigada. Isso me prejudicava bastante, porque muita gente achava que era metida ou geniosa, mas eu não queria falar a verdade para não piorar a situação. Protegia a minha dor até ela passar”, finalizou.