Caso George Floyd: racismo e truculência policial geram ainda mais protestos nos EUA

George Floyd faleceu no dia 25 em uma batida policial
George Floyd faleceu no dia 25 em uma batida policial
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

George Floyd, de 46 anos, era segurança em um restaurante em Minneapolis e estava dentro de seu carro na segunda-feira (25) quando a polícia local recebeu uma denúncia de que um homem havia tentado passar uma nota falsa de 20 dólares na área comercial da cidade. Floyd estava sentado e desarmado em seu carro, quando foi obrigado pelos policiais a sair do veículo e em seguida foi algemado e rendido.

Ao dominar George para prisão, o policial o imobilizou colocando o joelho no pescoço do segurança. Com vários pedidos de socorro por não conseguir respirar, George foi morto por asfixia após a ação truculenta e sem provas. Paramédicos tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso. Um vídeo foi gravado por um testemunha e mostra as súplicas de Floyd dizendo "não consigo respirar", e rapidamente circulou pela internet.

A repercussão do caso gerou muita comoção nos Estados Unidos, em especial para a comunidade negra do país que sofre dia após dia com o despreparo e racismo da polícia, demais autoridades, e população em geral.  As estatísticas no país são alarmantes, onde, de acordo com a ONG Mapping Police Violence, nos EUA, negros têm praticamente três vezes mais chances de serem mortos pela polícia do que brancos.

Os casos de assassinatos por truculência policial contra negros está gerando cada vez mais revolta da população internacionalmente, jovens como Trayvon Martin, Eric Garner, João Pedro, Ágatha Félix e tantos outros se repetem cotidianamente em várias partes do mundo.

Reforçando o racismo estrutural da polícia norte-americana (e diga-se de passagem mundial), o prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, em entrevista à emissora CBS disse que "George Floyd estaria vivo hoje, se fosse branco". O ex-policial que cometeu o assassinato foi banido da corporação.

Após a divulgação do vídeo da morte de George, vários protestos foram realizados nos EUA, vários com finais violentos, pressionando as autoridades a investigar o caso com rapidez e punir os envolvidos com rigor. Infelizmente, os protestos geraram ações ainda mais duras dos policiais, ocasionando 11 mortes. 

Protestos nos EUA contra a morte de George Floyd
Protestos nos EUA contra a morte de George Floyd
Protestos nos EUA contra a morte de George Floyd

Agora, apesar de todas as mortes, o presidente Donald Trump, se manifestou apoiando a prioridade das investigações e elogiando o trabalho da polícia local. Com isso, o país decretou prioridade máxima para investigar o caso, mas com muitas suspeitas da população sobre como isso será tratado.

Sobre o autor

Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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