Estreia: 'Sniper Americano' promete deixar o público empolgado nos cinemas
Longa-metragem já pode ser visto nos cinemas brasileiros


"Sniper Americano" chega aos cinemas brasileiros, após ter um enorme destaque nos Estados Unidos, tendo se tornado a maior bilhteria por semanas, até a chegada de "Cinquenta Tons de Cinza". O longa promete dexar o público extremamente empolgado e tenso do início ao fim, com uma historia comovente e com atuações de tirar o chapéu.
Clint Eastwood está mostrando que ainda tem poder para fazer um filme de grande porte, e aos 84 anos está sendo consagrado mais uma vez com uma enorme bilheteria, mesmo já tendo quatro Oscars (dois na categoria melhor filme e dois na categoria melhor diretor), e ser responsável por obras como "Os imperdoáveis" e "Menina de Ouro".
Estrelado por Bradley Cooper, o filme se tornou - poucas semanas após seu lançamento oficial - o longa com maior bilheteria do cineasta, faturando mais de 250 milhões de dólares. Vale lembrar que o filme tem fôlego suficiente para chegar no mínimo à meio bilhão de dólares, já que em alguns países (como é o caso do Brasil) ele ainda não estreou.
No último final de semana "Sniper Americano" liderou as bilheterias americanas faturando cerca de 31,9 milhões de dólares, superando filmes como "Busca Implacável 3" e "Os Pinguins de Madagascar".
O desempenho forte de "Sniper americano" ajudou na arrecadação geral da bilheteria no fim de semana do Superbowl, quando muitos americanos se concentram no jogo final da temporada de futebol americano. A venda de ingresso cresceu 23% em relação ao mesmo final de semana do ano passado, de acordo com a empresa Rentrak.
Sniper Americano conta a trajetória do soldado considerado o mais letal atirador da história militar dos Estados Unidos, que totalizou 160 mortes em quatro temporadas servindo no Iraque, desde 2003. A produção é baseada nas memórias de Kyle, publicadas em 2012 — mas Eastwood e o roteirista Jason Hall fizeram algumas alterações, inclusive acrescentando informações que ficaram de fora do livro.
O longa começa já em alta tensão: logo no começo, um garoto iraquiano carregando uma granada entra na mira do membro das Forças de Operações Especiais da Marinha americana. Antes de mostrar o desfecho dessa sequência, porém, a trama recua no tempo e relata sucintamente como Kyle foi parar naquele lugar: das lições de sobrevivência aprendidas na infância com o pai, ao lado do irmão, até o alistamento e o treinamento militar — passando pela pouco promissora carreira de peão de rodeio e pelo relacionamento instável com as mulheres.
Se servir ao país empregando sua habilidade com um rifle surge como alternativa de vida para o personagem, o casamento com a namorada Taya (Sienna Miller) vem ao encontro desta busca por segurança. No entanto, o que Kyle vai vivenciar no Iraque acabará por comprometer seu equilíbrio psicológico: na mesma medida em que sua reputação como atirador cresce, tanto com os companheiros — que o apelidam de “Lenda” — quanto entre os inimigos, igualmente aumenta seu desconforto com a violência e as mortes na zona de conflito, das quais é testemunha e agente. Consumido pelas lembranças do fronte, o sniper não consegue encarar a rotina civil quando retorna para casa, mantendo-se emocionalmente distante da mulher e dos filhos.
Ator cujo talento cômico foi comprovado nos filmes da série Se Beber, Não Case!, Bradley Cooper destaca-se em Sniper Americano pela atuação contida, expressando os sentimentos e tormentos do personagem por meio de silêncios eloquentes — interpretação que o credencia a talvez levar a estatueta desta vez, depois de duas indicações anteriores.
Vencedor do Oscar como diretor por Os Imperdoáveis (1992) e Menina de Ouro (2004), ambos eleitos melhor filme, Eastwood desta vez não foi lembrado na categoria direção. Injusto. O mestre da narrativa fílmica dosa ação e reflexão com sabedoria, fazendo com que Sniper Americano transcenda o mero filme de guerra patriótico — apesar do debate suscitado nos EUA a respeito da maneira como contrapõe americanos e iraquianos. Atualizando os estragos que a impessoalidade da guerra provoca nos indivíduos, Eastwood demonstra com dureza que a conquista da honra pode custar a própria alma.
Com informações do portal Zero Hora.