Justiça autoriza novas buscas e apreensões em endereços de Hytalo Santos em João Pessoa
Influenciador paraibano é alvo de operação que investiga suposta exploração de menores; mandados incluem residências e possíveis hospedagens


A Justiça da Paraíba autorizou nesta quinta-feira (14) a realização de novas buscas e apreensões em endereços ligados ao influenciador digital Hytalo Santos, em João Pessoa. A decisão, assinada pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino, atende a um pedido do Ministério Público Estadual, que investiga denúncias de exploração e exposição de menores em conteúdos publicados nas redes sociais do influenciador.
Segundo informações do Tribunal de Justiça, os mandados abrangem não apenas a residência principal de Hytalo, localizada em um condomínio de alto padrão na capital paraibana, mas também outros imóveis e eventuais hospedagens temporárias, como hotéis e pousadas. O objetivo é localizar documentos, equipamentos eletrônicos e quaisquer materiais que possam contribuir com as investigações.
As buscas ocorrem após uma primeira operação realizada na quarta-feira (13), quando equipes da Polícia Militar e oficiais de Justiça estiveram em um dos endereços do influenciador, mas não o encontraram no local. Testemunhas relataram que Hytalo teria deixado a residência pouco antes da chegada das autoridades, levando consigo diversos equipamentos eletrônicos.
O caso ganhou repercussão nacional após denúncias de que menores de idade teriam participado de festas e gravações promovidas por Hytalo, supostamente em situações inadequadas e com exposição excessiva nas redes. O Ministério Público apura ainda a possível participação de outros adultos próximos ao influenciador, incluindo seu marido, Israel Nata Vicente, que também passou a ser investigado.
Além dos mandados de busca, a Justiça determinou o bloqueio das redes sociais de Hytalo Santos e proibiu qualquer contato dele com os adolescentes citados no processo. Até o momento, a defesa do influenciador não se manifestou sobre as novas medidas judiciais. O inquérito segue em sigilo, e as autoridades destacam que o principal objetivo é garantir a proteção dos menores envolvidos e esclarecer os fatos.
