Vaza-Jato: Deltan Dallagnol luta contra ações do CNMP para se manter na Operação Lava Jato
A semana começou conturbada para o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da operação Lava Jato em Curitiba, que irá a julgamento amanhã (18) no Conselho Nacional do Ministério Público. Apesar do momento delicado, o procurador conseguiu CNMP não considerasse uma pena de advertência passada.
CNMP analisará dois processos contra Dallagnol, sendo julgado por 11 conselheiros. Ao todo, seis dos conselheiros são ligados ao Ministério Público, incluindo o procurador-geral da República, Augusto Aras.
Por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, CNMP não pode considerar, na análise de novos processos contra o procurador Deltan Dallagnol o caso que advertido em 2019 por ter afirmado, durante uma entrevista de rádio, que o STF passa a mensagem de leniência a favor da corrupção.
Caso seja condenado, Dallagnol pode deixar a Lava Jato. Uma das ações é movida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que alega que o procurador atuou politicamente contra sua eleição para a presidência do Senado. A outra é de autoria de Kátia Abreu (PP-TO), em relação a um acordo entre a Lava Jato do Paraná e a Petrobras para reverter R$ 2,5 bilhões recuperados pela operação, organizados por Dallagnol.
Em entrevista, o procurador disse que "O que está sendo julgado não são irregularidades da Lava Jato". Além disso, relatou que não há uma alegação técnica consistente sobre o caso e que não há precedentes do CNMP para isso.