Nevermind: Álbum histórico do Nirvana completa 30 anos

O álbum "Nevermind", do Nirvana, modificou as estruturas do mercado da música global após seu lançamento em 24 de setembro de 1991. Hoje, 30 anos depois, ainda é possível escutar a obra com um toque fresco de revolução atrelado a uma produção mastigada que ajudou a impulsionar a sonoridade da banda, mesmo com a tentativa de "arredondar" as linhas criativas do grupo após o insano "Bleach", de 1989. 

Butch Vig. Esse é o nome do produtor musical responsável pelo resultado final de "Nevermind", que sempre foi simples desde as gravações, com no máximo oito microfones na bateria, duas linhas de guitarra, um canal para o baixo e a gravação do vocal. 

Em um bate-papo com a estação de rádio australiana Triple J, em 2016, Vig comentou sobre a percepção que teve da ótima qualidade das composições daquele álbum, revelando que criou uma estratégia para tornar as mixagens "menos ásperas", com o intuito de atingir mais fortemente o público mainstream. 

É claro que, na época, o Nirvana já estava embalado pelo sucesso de "Bleach", o que motivou o público a manter um clima de ansiedade por seu lançamento. Por fim, sua chegada nas lojas foi um estouro, rendendo constantes comentários de mudança de vida entre os jovens da época e uma valorização absurdamente alta do trabalho de Vig, que até hoje é ovacionado pela obra. 

É desnecessário repetir que o "Nevermind" possui um grande impacto na música, sentido até hoje, com uma nova geração buscando compreender aspectos sociais extremamente difíceis de modificar. Como um álbum dos anos 90, "Nevermind" é praticamente um documentário sonoro de seu tempo, enraizado no grunge e na cena de Seattle, com o toque genial de Vig, que não poupou esforços para moldar a sonoridade espetacular de Kurt Cobain, Dave Grohl e Krist Novoselic de uma maneira infalível.