Pianista Nelson Freire morre aos 77 anos no Rio

Considerado um dos maiores pianistas do mundo, Nelson Freire vivia um período difícil após sofrer um acidente que o impediu de continuar tocando
Considerado um dos maiores pianistas do mundo, Nelson Freire vivia um período difícil após sofrer um acidente que o impediu de continuar tocando
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Nelson Freire morreu na madrugada desta segunda-feira (1º), aos 77 anos, no Rio de Janeiro, de acordo com um comunicado emitido pela empresária do pianista. A causa da morte não foi divulgada, mas sabe-se que ele estava em casa, na Joatinga, no Rio de Janeiro. 

O músico parou de tocar após sofrer uma queda no calçadão da Barra da Tijuca, há dois anos, fraturando o úmero do braço direito. De acordo com informações de amigos próximos, Nelson começou a sofrer de depressão pelas dificuldades físicas enfrentas após o acidente e, principalmente, por perder a plena capacidade de tocar piano como antes. 

Considerado um dos maiores pianistas do século XX, Nelson Freire deixa um legado que une a técnica à delicadeza sonora assinada pelo músico durante várias décadas. Desde os 3 anos, ele já demonstrava aos pais que tinha vocação para o piano, motivo pelo qual a família se mudou para o Rio de Janeiro em busca dos melhores nomes possíveis para ensina-lo. Foi neste processo que Nelson começou a estudar com Lúcia Branco e Nise Obino. 

Aos 12 anos, Nelson era o candidato mais jovem a participar de um concurso internacional de piano com mais de 47 participantes, no Rio, ficando em nono lugar com uma interpretação do primeiro movimento do "Concerto Imperador" de Beethoven. Seu desempenho foi tão bom que ele ganhou uma bolsa do governo Juscelino Kubitschek para estudar em Viena, na Áustria. 

A partir daí, não demorou muito para Nelson Freire obter destaque internacional, faturando inúmeros prêmios e reconhecimentos oficiais em diversas regiões do planeta, tornando-se uma referência brasileira absoluta na música. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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