EUA atacam barco venezuelano com drogas e 11 morrem, diz Trump
Operação militar no Caribe eleva tensão entre Washington e Caracas; governo Maduro ainda não se pronunciou


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (3) que militares americanos atacaram uma embarcação venezuelana suspeita de transportar drogas no sul do Caribe. Segundo Trump, a ação resultou na morte de 11 pessoas, todas apontadas pelo governo dos EUA como integrantes de uma organização criminosa ligada ao tráfico internacional.
O ataque ocorreu em águas internacionais próximas à costa da Venezuela, em meio ao aumento das operações navais dos EUA na região. Trump afirmou, em publicação nas redes sociais, que o barco foi “neutralizado” após ser identificado como parte de uma rota de narcotráfico com destino aos Estados Unidos. “Que sirva de aviso a quem tenta trazer drogas para nosso país”, declarou o presidente americano.
Fontes do Pentágono informaram que a embarcação foi monitorada por aviões de vigilância antes de ser interceptada por navios de guerra americanos. O governo dos EUA não divulgou detalhes sobre a quantidade de drogas apreendida ou a identidade dos mortos, mas reforçou que nenhum militar americano ficou ferido na operação.
O secretário de Estado, Marco Rubio, classificou a ação como “um passo decisivo contra o narcotráfico” e afirmou que a embarcação era operada por membros de uma organização considerada terrorista por Washington. “Os Estados Unidos não vão tolerar o uso do Caribe como corredor para o tráfico de drogas”, disse Rubio em comunicado.
Até o momento, o governo da Venezuela, liderado por Nicolás Maduro, não comentou oficialmente o ataque. Analistas apontam que o episódio pode agravar ainda mais a já delicada relação entre os dois países, que romperam relações diplomáticas em 2019. Maduro, em declarações recentes, alertou que qualquer agressão militar seria respondida com “luta armada” em defesa do território venezuelano.
A operação ocorre em meio a uma série de movimentações militares dos EUA no Caribe, justificadas como parte de uma ofensiva contra cartéis de drogas. Especialistas veem o aumento da presença militar americana como sinal de pressão crescente sobre o governo Maduro.
