Monark acusa YouTube de perseguição após fala antissemita

O podcaster disse que está sendo impedido de criar um novo canal após ser demitido do Flow

Monark não aceitou decisão do YouTube de afasta-lo da plataforma. Foto: Reprodução/Twitter
Monark não aceitou decisão do YouTube de afasta-lo da plataforma. Foto: Reprodução/Twitter
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Após ser demitido do Flow Podcast por causa de uma fala antissemita que repercutiu fervorosamente na última semana, Bruno Aiub, o Monark, está acusando o YouTube de perseguição, alegando que está sendo impedido de criar uma nova conta na plataforma para continuar sua vida. O novo pronunciamento do influenciador gerou uma nova onda de indignação nas redes sociais, sobretudo porque uma parte considerável dos internautas acredita que Bruno deveria estar preso. 

"Estou sofrendo perseguição politica do YouTube. Eles me proibiram de criar um novo canal para poder continuar minha vida, pessoas poderosas querem me destruir. Liberdade de expressão morreu", disse Monark nas redes sociais, ignorando completamente o fato de que ele foi penalizado por disparar frases favoráveis à criação de um partido nazista reconhecido por lei. 

Como "prova" de seu argumento, Monark anexou uma captura de tela que mostra a mensagem do YouTube: "Reponsabilidade é prioridade máxima pra o YouTube, e é muto importante que os criadores de conteúdo usem sua influência com responsabilidade - dentro e fora de nossa plataforma. Dessa forma, preocupam-nos as recentes declarações relacionadas ao nazismo em um dos seus canais, que podem causar danos significativos à comunidade e que, além disso, violam nossas políticas de Responsabilidades do Criador de Conteúdo", disse a empresa em um e-mail enviado ao podcaster. 

"Essas regras detalham os motivos pelos quais não permitimos comportamentos que tenham impactos negativos em nossa comunidade. Isso significa que um criador de conteúdo deve ser respeitoso com sua audiência e terceiros [...] Assim, concluímos pela suspensão da monetização do seu canal Monark", conclui o YouTube, afirmando que o influenciador não tem mais acesso às ferramentas e funcionalidades de monetização do YouTube.

Em um vídeo posterior, Monark demonstra indignação com a decisão do YouTube, afirmando que, de maneira alguma, seus comentários foram mal-intencionados. "Eu pedi desculpas várias vezes, mas não acabam as retaliações. Parece que pessoas muito poderosas querem me destruir completamente", disse o podcaster, que ainda chegou a dizer que estão querendo "aniquilar com a minha vida". Em resumo, ele não quer aceitar as consequências lógicas pelos próprios erros. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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