Ancelotti aposta em estratégia cautelosa para superar Bolívia na altitude

O técnico Carlo Ancelotti revelou sua estratégia para o confronto decisivo entre Brasil e Bolívia, marcado para esta terça-feira (9), em El Alto. Ciente dos desafios impostos pelos mais de 4 mil metros de altitude, o comandante italiano optou por uma abordagem mais cautelosa e adaptada às condições extremas do local.

Durante os treinos realizados na Granja Comary, Ancelotti priorizou atividades de controle de posse de bola e circulação rápida, evitando exigir intensidade física exagerada dos jogadores. "Na altitude, o desgaste é muito maior. Por isso, precisamos ser inteligentes e controlar o ritmo do jogo, sem correr riscos desnecessários", explicou o treinador em coletiva nesta segunda-feira.

Entre as principais novidades, o Brasil deve entrar em campo com um meio-campo reforçado, apostando em jogadores de boa capacidade de passe e leitura de jogo. A expectativa é que nomes como Bruno Guimarães e Andrey Santos ganhem espaço, ajudando na transição e na manutenção da posse. No ataque, Ancelotti sinalizou que pode poupar atletas mais explosivos, como Martinelli, para evitar desgaste excessivo.

Além da estratégia tática, a comissão técnica preparou um plano especial de aclimatação. A delegação brasileira viajou para Santa Cruz de La Sierra, cidade em baixa altitude, e só seguirá para El Alto poucas horas antes da partida, minimizando os efeitos do ar rarefeito. "A experiência mostra que quanto menos tempo exposto à altitude, melhor para o organismo dos atletas", destacou o médico da Seleção, Rodrigo Lasmar.

O duelo contra a Bolívia é crucial para o Brasil garantir sua vaga direta na Copa do Mundo de 2026. Já os bolivianos jogam a sobrevivência nas Eliminatórias e prometem pressão desde o início. Ancelotti, porém, mantém o discurso de confiança: "Sabemos das dificuldades, mas temos qualidade e foco para sair de lá com o resultado que precisamos".

O jogo está marcado para as 20h30 (horário de Brasília) e promete fortes emoções para os torcedores brasileiros.