Papa Francisco pede em discuro para brasileiros lutarem contra o tráfico humano

Papa Francisco pede em discuro para brasileiros lutarem contra o tráfico humano
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

O papa Francisco pediu em discurso no Vaticano aos brasileiros que se mobilizem contra "a praga social" que representa o tráfico de seres humanos, pois "a dignidade é igual para todos". O pedido foi feito em mensagem que o papa enviou aos fiéis nesta quarta-feira (5) devido ao início do período da Quaresma.

"Fraternidade e tráfico de seres humanos", é o tema central da Campanha da Fraternidade de 2014 que será lançada hoje pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) para o período litúrgico que começa nesta Quarta-Feira de Cinzas com o lema "Cristo nos libertou para que sejamos livres".

"Não é possível permanecer indiferente sabendo que há seres humanos comprados e vendidos como mercadorias! Levemos em conta as crianças que tem seus órgãos retirados, as mulheres enganadas e obrigadas a se prostituir, os trabalhadores explorados, sem direitos, sem voz", lamentou o pontífice em sua mensagem.

Ele complementou em sua mensagem: "Chegando a esse ponto, é necessário um profundo exame de consciência: quantas vezes toleramos que um ser humano seja considerado um objeto, exposto para ser vendido como um produto ou para satisfazer desejos imorais?", 

Francisco também aproveitou para pedir aos fiéis brasileiros que reflitam sobre a existência desse abuso no plano familiar. "Pais que escravizam seus filhos, filhos que escravizam seus pais, cônjuges que esqueceram o chamado desse dom, se exploram como se fossem produtos de consumo, de usar e descartar; idosos sem um lugar na sociedade e crianças e adolescentes sem voz", enumerou Francisco, que ressaltou a grande quantidade de ataques aos quais estão expostos os valores da família e da convivência social.

O papa ainda citou a Páscoa em seu discurso: "Como se pode anunciar a alegria da Páscoa sem ser seres solidários com aqueles aos quais se nega sua própria liberdade?", questionou o pontífice. "A dignidade humana é igual para todos os seres humanos: quando firo a do outro, firo também a minha. É a liberdade para a qual Cristo nos libertou", encerrou o pontífice.

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