Menina que achava-se estar curada da AIDS ainda possui o vírus

Em março de 2013, um anúncio viria a dar esperanças para o mundo da medicina na luta contra o vírus do HIV. Foi anunciado na época que uma  menina que nasceu com o vírus da aids havia sido curada e ficado livre do vírus. Desta vez as autoridades dos Estados Unidos anunciaram um forte golpe para a busca da cura para a doença que acreditava-se estar próximo: a criança ainda está infectada com o vírus. 

A esperança de cura para os recém-nascidos infectados com o HIV mediante um tratamento inicial e agressivo, trouxe esperanças e inclusive para os adultos que acabaram de contrair o vírus, porém em uma conferência telefônica que foi organizada nessta quarta-feira (10) ontem pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH), Hannah Gay, pediatra do Centro Médico da Universidade, fez o anúncio. 

A médica foi responsável pelo tratamento da recém-nascida com antirretrovirais, e disse que a descoberta de que a garota ainda está infectada foi "um soco no estômago".

Anteriormente ao que se achava um novo passo para achar a cura do vírus, conhecia-se apenas outro caso de cura. O americano Timothy Brown que foi chamado de “paciente Berlim”, foi submetido por um tratamento para leucemia inovador que utilizava células-tronco. Estas células foram doadas por um resistente ao vírus do HIV.

Brown recebeu através de um transplante de medula óssea de um doador com mutação no receptor CCR5. Os seres humanos que não possuem este receptor aparentemente tem uma resistência maior ao vírus.

A então notícia da cura da menina foi destaque mundial em 2013 no mês de março. Na revista científica "New England Journal of Medicine", afirmou-se durante a ocasião que se ocorresse novamente o processo em outra pessoa seria uma prova de que a infecção poderia ser curada.

Apesar do triste anúncio da volta da doença na pequena criança, o fato da criança ter ficado livre do vírus por dois anos não tem precedentes, comemorou Persaud, o que pode indicar um novo caminho em uma nova busca para uma cura do vírus. Este, que agora tem quatro anos presente infectando a menina, é igual o da mãe, provando que há transmissão ao nascer do vírus do HIV, e não posteriormente.