Matthew McConaughey discursa sobre cultura do cancelamento e 'iliberalismo' em entrevista na TV

O ator voltou a debater sobre o assunto ao participar do programa Good Morning Britain nesta terça, 15
O ator voltou a debater sobre o assunto ao participar do programa Good Morning Britain nesta terça, 15
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Matthew McConaughey destrinchou os comentários que fez na última semana sobre o "iliberalismo", explicando por que acha que a tendência social de evitar confrontos é "inconstitucional". Desta vez, em entrevista ao programa Good Morning Britain na manhã desta terça-feira (15), o ator discutiu tópicos que vão desde fake news até a liberdade de expressão. 

“O que eu acho que alguns liberais não veem é que estão sendo canibalizados pelos iliberais. Existem extremos em ambos os lados que considero injustos... a extrema esquerda e a extrema direita ilegitimam completamente o outro lado. Eles exageram a postura do outro lado em um estado irracional que não faz sentido. Isso não é justo", disse o ator aos anfitriões Piers Morgan and Susanna Reid. 

McConaughey também abordou a cultura do cancelamento nos seus comentários. “Onde a linha de água vai pousar na liberdade de expressão, o que permitimos e o que não, para onde vai essa cultura de cancelamento, é um lugar muito interessante em que estamos engajados como sociedade e estamos tentando descobrir. Não encontramos o lugar certo”, disse.

Matthew McConaughey, que está promovendo seu novo livro Greenlights, um livro de memórias não convencional que também desvenda seu mantra para viver, afirmou que nossa sociedade precisa de um confronto mais legítimo e que as pessoas ouçam opiniões opostas para permitir que nossa democracia funcione.

“Você tem que ter confronto para ter unidade. É quando a democracia funciona muito bem”, comentou. “Eu diria que não temos um verdadeiro confronto agora, um confronto que dá alguma validação e legitima o ponto de vista oposto. Não damos legitimidade ou validação a um ponto de vista oposto, nós o tornamos persona non grata e isso é inconstitucional.”

“Notícias falsas - quem sabe em que diabos acreditar, quem ouvir, onde está esse consenso?”, ele continuou. “Em quais líderes confiamos? Em quais meios de comunicação confiamos? Há tanta desconfiança agora, você começa a desconfiar de si mesmo, o que leva a alguns lugares realmente difíceis. Temos que encontrar alguma forma de liderança que possamos ouvir - concordar com isso ou não - mas confiar”, encerrou o ator. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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