José Leôncio envelhece mal e é dominado pelo rancor em Pantanal

A entrada de Pantanal em sua segunda fase traz uma série de novidades para os espectadores, sobretudo no elenco, já que uma longa passagem de tempo será responsável por realizar uma grandiosa troca de atores e atrizes nos papéis principais, incluindo o de José Leôncio, cujo intérprete será alterado de Renato Góes para Marcos Palmeira em uma representação do protagonista dominada pelo rancor após o sumiço do pai e a perda da guarda do filho Jove (Jesuíta Barbosa), além da partida nada amigável de Madeleine (Bruna Linzmeyer / Karine Teles).

Os anos se passam e, com isso, fica nítido que José Leôncio envelheceu mal, deixando de lado o sorriso para encarar uma vida de patrão com menos esperança na igualdade e maior mecanicismo nas ações.

Marcos Palmeira, que também estava presente no elenco da novela original de Benedito Ruy Barbosa exibida em 1990 pela Rede Manchete, garante uma entrega total para o personagem e deve emocionar o público nos momentos mais dramáticos, sobretudo quando ele lembra de Joventino (Irandhir Santos), que simplesmente sumiu na mata e nunca mais apareceu.

José Leôncio enfrentará muitos caminhos difíceis até buscar sua redenção e abrir o coração para a família, para a justiça e, principalmente, para o amor. Paralelamente a isso, seu filho Jove se apaixona por Juma (Alanis Guillen) e dá início a uma nova trama principal no folhetim, reacendendo a paixão que havia sido perdida na região ao mesmo tempo em que gera novas complicações perigosas em meio às disputas por terra e as constantes injustiças com os trabalhadores honestos que buscam viver em paz. 

Entre o amargor e o apreço pelo próprio trabalho, José Leôncio continuará sendo uma figura expressiva em Pantanal, desta vez mais maduro e com muito menos paciência para corpo mole.