Rival na Fórmula 1, Hakkinen envia carta de apoio a Schumacher
Mika Hakkinen e Michael Schumacher protagonizaram duelos acirrados na década de 1990, e acabaram se tornando grandes rivais nas pistas. Em 1998 e 1999, o finlandês faturou títulos históricos na maior competição de automobilismo do mundo. Para quem não sabe, em 1995 Hakkinen também sofreu um grave acidente e ficou em estado de coma por 10 dias. Tudo aconteceu durante os treinos para o Grande Prêmio da Austrália, em Adelaide, quando ele acabou batendo a bordo de sua McLaren e sofreu um forte trauma no crânio.
Segundo o ex-piloto, em sua carta, esta situação pela qual o alemão está passando “é a pior coisa que pode acontecer com você na vida”, e exalta o quanto a vida é frágil e pode se tornar desinteressante quando alguém passa por algo do tipo. “A única coisa importante é que você precisa ser capaz de segurar a mão do outro e confiar nas palavras dos médicos”, afirma.
Relembrando seu próprio acidente, 19 anos depois, Hakkinen disse que logo ao sair do coma, pensou em coisas essenciais: “'Posso enxergar direito'? 'Posso mover as minhas pernas'? 'Meus braços'?”. "Metade do meu rosto hoje é meio paralisado, não consigo ouvir bem com a orelha direita. Mas eu voltei, corri e terminei a minha carreira mais cedo que eu havia planejado", declarou o ex-piloto, que conseguiu dois títulos gloriosos após o acidente, e se aposentou oficialmente em 2001, deixando um belíssimo legado na Fórmula 1.
O estado de saúde de Schumacher ainda é crítico, mas estável até o momento. Nesta semana, a polícia francesa pode divulgar novas conclusões sobre o caso, afinal o alemão usava uma câmera em seu capacete, que pode mostrar o que ocasionou o acidente.
O acidente aconteceu há oito dias nos Alpes Franceses, onde Schumi praticava esqui em um domingo normal, como qualquer outro para ele. Porém, o ex-piloto caiu e bateu a cabeça em uma pedra, sofrendo traumatismo craniano grave. De lá, ele foi levado diretamente ao hospital Moutier, de onde foi transferido para o Hospital Universitário de Grenoble, onde permanece desde então.
