Estreia: Godzilla, entretenimento de trama pobre
O remake do clássico filme “Godzilla” estreia amanhã, 15 de maio, nos cinemas brasileiros e nós não podemos deixar de comentar um pouco sobre o que lhe espera nas telonas. O longa original, produzido em 1954, retrata um dos monstros mais populares do Japão, e já ganhou outras sequências não tão bem sucedidas com a de 1998, do diretor Rolland Emmerich, que ganhou dois Framboesas de Ouro. O fracasso do último filme desperta sentimentos de ansiedade e desconfiança, por este motivo vamos antecipar algumas informações da nova produção.
Levando em consideração os avanços cinematográficos podemos dizer que a qualidade, pelo menos visual e efeitos é bem superior, porém não significa que o longa seja uma obra-prima. É impossível não fazer comparações, são duas horas onde percebe-se de cara diversas falhas e o quanto a trama é superficial e previsível, levando em conta a pobreza do roteiro repleto de clichês.
Muitas pessoas ainda tem o triste pensamento de que filmes sobre monstros não precisam de uma história bem elabora, que o mais importante são as bestas gigantes e efeitos especiais. Temo que estejam erradas! Caso o roteiro não seja bem elaborado será impossível conduzir a trama. O drama familiar que conduz a produção deve ser aprofundado, caso contrário não poderá fisgar por completo o público.
Voltando aos efeitos visuais e sonoros... esses são muito bem trabalhados no decorrer do filme, todos de primeira qualidade. Porém devemos alertá-los que assistir o filme em 3D ou não, dá no mesmo. O recursos poderiam ter sido mais bem explorados, o que chega a ser frustrante.
O “Godzilla” de 2014 dirigido por Gareth Edwards, começa fazendo referências ao original, depois dá um salto para a década de 90, quando um “acidente” nuclear em uma usina japonesa interdita toda uma cidade. O funcionário Joe Brody (Bryan Cranston) toma a difícil decisão de deixar a esposa morrer pela radiação para que possa salvar o filho e outros habitantes da cidade. Anos depois, Joe tenta invadir a área interditada e preso, fazendo com que o filho, agora um adulto seguindo carreira militar, tenha de viajar até o Japão para libertá-lo.
Juntos eles resolvem recuperar alguns disquetes em sua antiga casa na área interditada para descobrirem o que ocasionou o acidente, acabam sendo identificados e levados a usina onde descobrem uma criatura chamada MUTO (Massive Unindentified Terrestrial Organism). Enquanto o exército americano tenta conter a criatura, outro MUTO surge em busca de acasalamento. O resto da trama você já pode imaginar. Joe e o filho terão de correr contra o tempo para salvar o mundo.
Apesar das falhas apontadas acima, "Godzilla" é um blockbuster que consegue divertir a fatia do público que deseja assistir filmes sem nenhum compromisso, somente por puro entretenimento acompanhado de pipoca e refrigerante.
