Bens duráveis já refletem a economia mais fraca, diz FGV
A demanda menor por estes produtos já causa deflação em alguns preços. O economista citou como exemplos a dinâmica de preços dos televisores, que ampliaram a queda de -1,33% para -1,62%. Outros itens que reforçam essa tese são automóvel usado (0,16% para -0,27%), aparelho de som (-0,34%) e ar-condicionado (-0,39%). No caso de automóvel novo, porém, houve alta de 0,37%, em reação às novas exigências da produção com itens obrigatórios de série, como air bag e freios ABS, segundo Picchetti.
Contudo, o economista ressaltou que esse movimento não chegou ao setor de serviços, que é amparado pelo mercado de trabalho ainda aquecido e pela manutenção da renda em alta. Este segmento teve inflação de 1,01% no IPC-S da terceira leitura de maio, ante 0,89% na quadrissemana anterior. Não por acaso itens como refeições em bares e restaurantes (de 0,62% para 0,63%), condomínio residencial (de 1,10% para 1,22%) e plano e seguro de saúde (que manteve aumento de 0,71%) figuraram entre as maiores influências de alta do IPC-S da terceira quadrissemana do mês.