Compadre Washington se pronuncia por proibição de comercial com bordão "ordinária"


A polêmica em torno do comercial em que Compadre Washington utiliza o seu bordão “ordinária” referindo-se a uma mulher na campanha publicitária do “Bom Negócio” segue gerando polêmica. O Conar (instituição que fiscaliza a ética da propaganda comercial), determinou que a campanha publicitária televisiva deve ser retirado do ar pela tal utilização do termo “ordinária”, que o considera ofensivo.
O cantor por sua vez se defendeu e se pronunciou sobre a proibição através de um comunicado a imprensa: "Não houve intenção alguma de ofensa à figura da mulher, uma vez que a palavra 'ordinária' se insere em um contexto de admiração a ela", dsse.
Seguindo sua justificativa, Compadre Washington cita a origem e explica que já é tradicional de sua carreira, e não foi utilizado de forma ofensiva na campanha comercial: "A expressão, na propaganda, é seguida de outro bordão que falo 'assim você vai matar papai', que tem a intenção de dar a ideia de 'admiração pela mulher'. É um jeito meu de falar, uma forma que considero carinhosa de apelidar uma mulher. Esse não é um bordão novo, falo desde a época do Gera Samba. É um bordão antigo e os nossos fãs sempre entenderam, sem criar especulações negativas. Se não tem maldade dentro de quem fala, para mim não há nada de errado", explicou.
Segundo o colunista Lauro Jardom, da Veja, o vídeo precisaria passar por modificações orientadas pelo Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) para poder ser mantido no ar. Cerca de 50 reclamações de pessoas que se sentiram ofendidas com a expressão "ordinária", muito usada pelo artista nas letras das canções do É o Tchan, foram recebidas pela instituição. O órgão julgou que a expressão extrapolou o limite do bordão e considerou o anúncio "desrespeitoso" para as mulheres.
Na propaganda, um casal está na piscina de uma casa quando o Compadre Washington aparece em um aparelho de som. "Eta, mainha! Danada! Que abundância, mermão! Assim você vai matar papai, viu? Esse aí é seu marido? Sabe de nada, inocente! Vem, vem, ordiná...". A palavra é cortada antes do fim, com o rosto do cantor desaparecendo.
O comercial não tem sido exibido ultimamente desde que a polêmica surgiu. A empresa online "Bom Negócio" temo o prazo de dez dias para entrar com recurso contra a decisão. A empresa afirmou que aguarda a notificação do Conar para tomar providências necessárias. Porém a proibição de veiculação do comercial se restringe somente a TV, podendo ser utilizada normalmente na internet.