Figueiredo cobra do Mercosul mais dinamismo no comércio
O ministro endereçou o recado a todos os presentes, mas o alvo prioritário das queixas brasileiras é a Argentina. Apesar da compreensão do Brasil com os problemas do vizinho, as reclamações frequentes são relativas a barreiras não tarifárias impostas periodicamente pelo governo argentino a produtos brasileiros.
"O comércio interno é o elemento de maior impacto na imagem do Mercosul. Precisamos renovar a fluidez do nosso comércio", pediu o ministro. "Precisamos reafirmar nossa estratégia de inserção externa para atender às expectativas de nossas empresas".
Figueiredo reafirmou a proposta brasileira de antecipar para o fim deste ano o prazo de desgravação tarifária com os demais países da América do Sul - na verdade, o Brasil mira Chile, Peru e Colômbia, países com os quais o Mercosul já tem tarifas zero para mais de 90% dos produtos e recebe o mesmo tratamento. A exceção é a Colômbia, que oferece ao Brasil apenas 58%.
O chanceler brasileiro também defendeu a proposta de acordo comercial com a União Europeia. "O Brasil mantém firme seu interesse. Todos os países já alcançaram ofertas compatíveis com os compromissos assumidos", disse, repetindo a afirmação de que o bloco está pronto e espera hoje pelos europeus.