Bomba: Diretor de "Ninfomaníaca" revela que já foi viciado em drogas pesadas
Lars von Trier ainda afirma ter medo de perder criatividade após tratamento de reabilitação


O polêmico cineasta Lars von Trier, conhecido por obras como "Melancolia", "Dogville" e dos recentes "Ninfomaníaca I e II", revelou em uma entrevista cedida ao jornal Politiken, que durante muito tempo foi viciado em drogas, mas que está se tratando de suas dependências químicas e alcoólicas.
Já estando livre dos abusos, Lars diz que continua frequentando as reuniões dos Alcoólicos Anônimos, e em uma conversa bastante franca que seu vício estava lhe causando tantos problemas, que sentiu medo de que sua criatividade enquanto diretor fosse perdida ao deixar as drogas.
Segundo ele, diante do "desafio de se manter vivo", optou por sua saúde, mesmo isso signifique o sacrifício de suas capacidades como artista. Lars afirmou que em sua percepção, a criatividade esteve quase sempre ligada a um "universo paralelo", universo esse ao qual adentrava todos os dias após o consumo de uma garrafa de vodka.
Exemplificando ainda suas afirmações, Trier revelou que "Dogville" foi escrito em 12 dias, num estado de "êxtase".
Atualmente com 58 anos de idade, o diretor declarou: "Nenhuma expressão criativa de valor artístico foi produzida por ex-bêbados e ex-toxicodependentes. Quem diabos daria importância aos Rolling Stones sem bebida, ou a Jimi Hendrix sem heroína?".
E continua: "Não sei se consigo fazer mais filmes. E isso me atormenta". Iniciando sua carreira atrás das câmeras ainda no começo dos anos 90, em seu currículo Trier acumula sucessos como "Ondas de Paixão" (Breaking the Waves), protagonizado por Emily Watson "Os Idiotas (1998)", "Dogville (2003)", "Anticristo" (2009) e "Melancolia" (2011).
O cineasta também foi vencedor da "Palma de Ouro" no Festival de Cannes, em 2000, com "Dancer in the Dark", um musical com Björk e Catherine Deneuve.
A conversa com a publicação foi a primeira desde 2011, quando prometeu que deixaria de falar com a imprensa. Para quem não se recorda, na época Trier gerou um verdadeiro escândalo quando durante a edição daquele ano do "Festival de Cannes", disse ter certa simpatia pelo ditador nazista Adolf Hitler.
Com informações do portal FilmSpot.