Renato Aragão polemiza: "Gays e negros não se ofendiam antigamente"

O humorista cedeu uma entrevista à edição brasileira da revista masculina PlayBoy.

Renato Aragão polemiza: "Gays e negros não se ofendiam antigamente"
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

O ano acabou de começar, mas Renato Aragão já tem uma polêmica circulando na web, depois que o humorista foi entrevistado pela revista Playboy e relembrou da época de “Os Trapalhões”, quando, segundo ele, homossexuais e negros sabiam que as piadas feitas sobre eles eram apenas de brincadeira. 

"Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear", disse o humorista, que reclamou da atual luta ética contra o humor politicamente incorreto. 

"Na época, a gente fazia como uma brincadeira. Era uma brincadeira de circo entre mim e o Mussum (1941-1994). Como se fôssemos duas crianças em casa brincando. A intenção não era ofender ninguém. Hoje, todas as classes sociais ganharam a sua área, a sua praia, e a gente tem que respeitar muito isso", disse o humorista à revista Playboy de janeiro, que chega às bancas nesta terça (6).

De contrato renovado com a Globo até 2017, Renato Aragão se incomoda quando ouve críticas contra a emissora, principalmente ao programa beneficente Criança Esperança, do qual é padrinho. Mesmo sem programa fixo, o humorista revela à publicação que não tolera quando falam mal da rede.

"O programa explode e é: 'Ah, por que a Globo, em vez de fazer aquele programa, não doa o dinheiro para o povo?' É cruel isso. Me incomoda muito quando falam da Globo. Eu não admito que falem mal da Globo", confessa o humorista.

Renato Aragão diz não se incomodar com as críticas ao trabalho dele como Trapalhão. Para o humorista, muitas pessoas detonavam os filmes de Didi, Dedé Santana, Mussum e Zacarias (1934-1990) sem ao menos ver o conteúdo.

"Eu nunca liguei para isso, nem vou ligar. Tinha gente que criticava meus filmes sem assistir! Foi comprovado isso. Mas, quanto mais eles me malhavam, mas crescia o bolo, mais dava bilheteria. Os pseudocineastas ficavam umas araras porque os filmes deles não encostavam. Chegava um nordestino com um rolo compressor e passava por cima", comemorou. O eterno Didi completará 80 anos de idade no próximo dia 13 de janeiro. 

 

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