Renato Aragão cria polêmica em entrevista ao falar sobre "homor politicamente incorreto"

"Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam", disse ele

Renato Aragão cria polêmica em entrevista ao falar sobre "homor politicamente incorreto"
Carol Souza
Por Carol Souza

Chegando aos seus 80 anos em 2015, e esbanjando vigor, nesta semana o humorista Renato Aragão criou polêmica ao conceder uma entrevista à revista masculina Playboy.

Na conversa, Renato, que se consagrou na TV no papel de Didi Mocó em "Os Trapalhões" (1966 -1994), falou que sente que existe uma espécie de perseguição ao humor politicamente incorreto, visto hoje como preconceituoso. Comemorando, além de seus 80 anos, os 55 anos de Didi, Renato ainda afirmou que na época dos "Trapalhões", negros e gays sabiam que as piadas feitas no programa, e também em outros, eram apenas uma brincadeira.

"Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear", desabafa.

"Na época, a gente fazia como uma brincadeira. Era uma brincadeira de circo entre mim e o Mussum (1941-1994). Como se fôssemos duas crianças em casa brincando. A intenção não era ofender ninguém. Hoje, todas as classes sociais ganharam a sua área, a sua praia, e a gente tem que respeitar muito isso", disse o humorista à revista Playboy de janeiro, que chega às bancas nesta terça (6).

De contrato renovado com a Globo até 2017, Renato Aragão se incomoda quando ouve críticas contra a emissora, principalmente ao programa beneficente "Criança Esperança", do qual é padrinho.

Mesmo sem programa fixo, o humorista revela à publicação que não tolera quando falam mal da rede. "O programa explode e é: 'Ah, por que a Globo, em vez de fazer aquele programa, não doa o dinheiro para o povo?' É cruel isso. Me incomoda muito quando falam da Globo. Eu não admito que falem mal da Globo", confessa o humorista.

Renato Aragão diz não se incomodar com as críticas ao trabalho dele como Trapalhão. Para o humorista, muitas pessoas detonavam os filmes de Didi, Dedé Santana, Mussum e Zacarias (1934-1990) sem ao menos ver o conteúdo.

"Eu nunca liguei para isso, nem vou ligar. Tinha gente que criticava meus filmes sem assistir! Foi comprovado isso. Mas, quanto mais eles me malhavam, mas crescia o bolo, mais dava bilheteria. Os pseudocineastas ficavam umas araras porque os filmes deles não encostavam. Chegava um nordestino com um rolo compressor e passava por cima", comemorou.

Fonte: Notícias da TV, do UOL.

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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