Rafael Sardão fala sobre a morte de Uri na novela “Os Dez Mandamentos”
“Ele morre de teimoso”, afirma o ator que foi bastante elogiado por sua atuação na trama bíblica da Record


Leila (Juliana Didone), Hur (Floriano Peixoto) e Bezalel (Igor Cosso) bem que tentaram convencer Uri (Rafael Sardão) a abandonar o palácio e se refugiar na vila dos hebreus para que não fosse atingido pela décima e última praga, a morte dos primogênitos. Mas a teimosia do artesão o deixou surdo às súplicas de sua família. Não deu outra! O hebreu teve a vida ceifada pelo anjo destruidor enviado por Deus. Em entrevista inédita ao “R7”, o intérprete de Uri comenta sobre os últimos momentos de seu personagem em “Os Dez Mandamentos”.
“Uri morre de tão teimoso que é, pois fechou os ouvidos para inúmeros avisos. Ele se cega diante de tudo que atinge o Egito naquele momento e colhe os frutos, pagando com a própria vida”, diz Rafael Sardão. Para o ator, seu personagem viveu uma vida repleta de dilemas e conflitos internos, os quais não conseguiu resolver. “Ele tinha status, conforto no palácio e construiu uma vida em cima do que conseguiu conquistar. A outra opção seria a escravidão, algo que ele jamais aceitaria viver. Por um lado, Uri carregava o amor imenso pela família e, por outro, não se enxergava passando dificuldades extremas. O personagem não foi capaz de resolver este dilema. Ninguém pode negar que Uri teve coragem e personalidade permanecer ao lado dos deuses egípcios, até o fim de sua vida”, explica Rafael.
O ator acreditava em uma possível mudança de atitude do personagem. “Ele se fechou na certeza de que tinha que ficar no palácio, mesmo carregando dúvidas, até que foi surpreendido pela última praga. Se não houvesse este castigo, acredito que em uma semana Uri se convenceria de que apoiar a família era a melhor opção”.
Infelizmente não foi o que aconteceu. Mesmo após ter prometido aos entes queridos que se juntaria a eles na vila dos hebreus, Uri retorna ao palácio e lá recebe uma proposta irresistível de Ramsés (Sérgio Marone). O Faraó diz que se o joalheiro permanecer fiel ao seu lado, ele poderá viver com seus familiares de forma pomposa para sempre. O artesão fica encantado com tão generosa oferta e decide ficar. Ele também oferece um bônus ao soberano e revela que os hebreus estavam usando os cordeiros para marcarem suas casas com o sangue do animal.
Assim como o Hórus Vivo, que pagou a teimosia com a vida do amado filho durante a praga, Uri também teve de pagar um preço... a própria vida. Ele sucumbe ao décimo flagelo. Um anjo destruidor entra em seu quarto e ceifa sua existência. Toda a esperança de Hur, Leila e Bezanel se esvai ao fim da praga, quando se dão conta de que nunca mais verão o joalheiro real.