Maduro se irrita e diz que irá “arrebentar os dentes” de Brasil e Colômbia

O presidente chavista Nicolás Maduro diz “conhecer os planos imperialistas” arquitetados por Brasil e Colômbia para a Venezuela. Irritado, o ditador acusou o governo brasileiro de participação num assalto a uma base militar no sul da Venezuela, em dezembro do ano passado. O presidente Jair Bolsonaro foi citado por Maduro durante sua acusação sem provas.

Maduro fez a acusação durante a mensagem anual do presidente na Assembleia Constituinte, marcando exatamente uma semana após a crise gerada pela base chavista em excluir o político Juan Guaidó da presidência do parlamento da Assembleia Nacional. Em tom de ameaça, Maduro disse que as Forças Armadas Venezuelana estão prontas para “arrebentar os dentes” do Brasil e da Colômbia, caso ocorra agressão militar por parte destes países.

Em relação ao Brasil, a acusação sobre participação no assalto a base militar da Venezuela foi veementemente negada pelo Itamaraty. Além deste episódio, o presidente chavista diz que Brasil e Colômbia são responsáveis por "mais de 50 ações de espionagem e roubo de segredos militares".

A Colômbia também está com uma relação delicada com o regime Venezuelano, após o presidente Iván Duque declarar apoio ao autoproclamado presidente interino Juan Guaidó. Além disso, o governo chavista ordenou em meados do fim do ano passado que fossem realizados exercícios militares na fronteira com a Colômbia, seu país vizinho.

Sobre os presidentes de Brasil e Colômbia, Maduro disse: "Um grupo de terroristas, mercenários, desertores e traidores apoiados, financiado e amparado pelos governos de Jair Bolsonaro do Brasil e Iván Duque da Colômbia, assaltou um quartel no estado Bolívar". No mesmo discurso disse estar disposto a aceitar o acompanhamento da ONU (Organização das Nações Unidas), da União Europeia e de outros organismos internacionais durante as próximas eleições da Assembleia Legislativa de 2020, com data a confirmar.