Ministro Paulo Guedes compara funcionários públicos a parasitas

A comparação foi feita durante um seminário no Rio de Janeiro na última sexta-feira (7)
A comparação foi feita durante um seminário no Rio de Janeiro na última sexta-feira (7)
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

A sexta-feira (7) não foi nada amistosa para o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Durante uma tentativa de defender as reformas econômicas do governo em um seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, o ministro comparou os servidores públicos a “parasitas” se aproveitando de um “hospedeiro que está morrendo”. A alegação de Guedes se deu pela reivindicação reajustes salariais dos funcionários que, segundo ele, solicitam a mudança em meio à crise fiscal das contas brasileiras que estão no vermelho. A hashtag #ParasitaÉPauloGuedes está circulando nas redes sociais desde a veiculação da fala.

A fala não foi bem vista por diversos políticos e outros servidores públicos estaduais e federais, desencadeando uma reação em massa de protestos contra o ministro, alegando que a comparação foi uma “agressão gratuita e desnecessária”. Com tantas reações negativas, a pasta da economia se viu obrigada a emitir uma nota na tentativa de reverter esta situação, em que diz que a fala de Guedes foi tirada de contexto pela mídia.

Muitos políticos de oposição ao governo estão comparando o presidente Bolsonaro ao que Guedes denominou de 'parasitas'
Muitos políticos de oposição ao governo estão comparando o presidente Bolsonaro ao que Guedes denominou de 'parasitas'
Muitos políticos da oposição ao governo estão comparando o presidente Bolsonaro ao que Guedes denominou de 'parasitas'

Ainda em seu discurso, Paulo Guedes reiterou que conforme revelou uma pesquisa do Datafolha, 88% dos brasileiros apoiam a avaliação e/ou a demissão dos “maus servidores”. Uma de suas propostas atuais é a de acabar com a estabilidade da carreira de servidor público, rever a quantidade de postos e endurecer as regras de promoção e reajuste salarial para os novos servidores.

A reforma administrativa é uma das pautas principais defendidas pelo ministro, que nunca aceitou a restrição política existente para a mudança do cenário atual do funcionalismo público e reitera o quão oneroso é manter a série de benesses da carreira. A Previdência é outro ponto de críticas constantes do economista, que no mesmo dia caracterizou como um “privilégio”. 

Sobre o autor

Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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