Caso de fraude envolvendo App do Nubank volta à tona após ser resolvido em dezembro

Em dezembro de 2019, um caso de fraude envolvendo o Nubank e o Santander foi relatado por Fernanda Paronetto, filha da real vítima, Silvia, que teve R$ 146 mil transferidos de sua conta corrente no Santander para sua NuConta, após ter sido assaltada. Com o dinheiro disponível na conta digital, os criminosos conseguiram fazer outras transferências menores para dezenas de contas diferentes. “Pra começar, o ladrões emitiram boletos para outras NuContas no valor de R$27.000,00. (eu havia informado anteriormente que eram cartões virtuais, mas fomos informados que foram boletos, os cartões virtuais não foram usados)”, disse Paronetto em publicação realizada no Facebook, na época em que divulgava o caso e mobilizou internautas para ajuda-la a alcançar a resolução. 

“O restante do dinheiro, R$119.000,00, foi transferido para 24 pessoas desconhecidas”, explicou logo em seguida, deixando claro para os usuários da rede social que o Nubank, através dos algoritmos próprios, não detectou nenhuma movimentação suspeita na conta, um dos principais motivos de revolta da vítima e de quem prestava apoio em meio à delicada situação. O caso foi resolvido em menos de 24 horas após a primeira publicação de Paronetto no Facebook, com a devolução imediata dos R$ 119 mil e uma ressalva em relação aos R$ 27 mil gastos em boletos, cuja responsabilidade foi atribuída ao Santander. Entretanto, o caso voltou a aparecer em alguns portais de notícia nesta quarta-feira (19), sem nenhum motivo aparente, nem mesmo uma atualização sobre as investigações, que de acordo com o Nubank continuariam em andamento após a devolução do dinheiro à vítima.

O Nubank publicou uma nota de esclarecimento após ter resolvido o caso de Silvia, informando que tomou as devidas providências para poupá-la de impactos financeiros e reforçando o compromisso com iniciativas antifraude, apesar dos comentários de Paronetto sobre a suposta negligência da empresa no monitoramento de transações. Depois disso, o assunto entrou rapidamente em esquecimento, até aparecer mais uma vez em pleno fevereiro de 2020, misteriosamente. 

Procurado pelo Diário 24 Horas, o Nubank confirmou a resolução do caso em dezembro do ano passado e afirmou que não há novidades nas investigações. A assessoria de imprensa do Santander diz não ter conhecimento sobre novas informações do caso e também forneceu dicas para os clientes evitarem fraudes, em nota enviada pela assessoria de imprensa à nossa equipe:

“O Santander informa que somente o cliente pode fazer transferências bancárias. A operação tem que ser necessariamente validada por senha sigilosa e de uso estritamente pessoal e confidencial do cliente. Por isso, é preciso proteger suas senhas e os seus dispositivos de segurança utilizados para a validação de suas transações, entre os quais o aparelho celular. Em caso de roubo ou perda do aparelho celular, o cliente  deve comunicar imediatamente o Banco, através da central de atendimento.”