Paulo Guedes enfrenta desastre econômico e ganha apoio incondicional de Bolsonaro

Presidente discursou para empresários em Miami e defendeu o ministro da economia (Foto: Alan Santos/PR)
Presidente discursou para empresários em Miami e defendeu o ministro da economia (Foto: Alan Santos/PR)
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Logo após a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) ter sido interrompida por 30 minutos, através do "circuit breaker", que disparou a trava das negociações quando o Ibovespa caiu mais de 10%, o presidente Jair Bolsonaro declarou apoio absoluto às políticas adotadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante evento empresarial em Miami, Estados Unidos, nesta segunda-feira (9).

"Temos, na pessoa do nosso ministro da Economia um homem conhecido dentro e fora do Brasil, o senhor Paulo Guedes, e às suas políticas econômicas somos leais e buscamos implementá-las de todas as formas", disse o presidente, sem mencionar aos mais de 300 empresários, em grande parte brasileiros residentes nos Estados Unidos, a insatisfação de uma parcela dos investidores com a falta de medidas alternativas de Guedes em meio à crise, resumindo-se a apostar nas reformas estruturais do Governo, como disse repetidas vezes em entrevistas recentes.

Também nesta segunda, o ministro da economia falou rapidamente sobre o atual cenário econômico, sem demonstrar preocupação e garantindo tranquilidade com a alta do dólar, a queda da Ibovespa e o tombo do preço do petróleo. "Nós estamos absolutamente tranquilos, a equipe de economia está tranquila. É uma equipe serena, experiente. Já vivemos isso várias vezes. Conhecemos isso. Sabemos lidar com isso. Estamos absolutamente tranquilos, serenos. Então, é hora de justamente termos uma atitude construtiva. Os três poderes, com serenidade, cada um resolvendo a sua parte", disse, ainda sem mencionar alguma nova estratégia e, novamente, afirmando que a melhor forma de lidar com a situação é com a agenda de reformas.

"Vamos mandar a reforma administrativa, o pacto federativo já está lá, vamos mandar a reforma tributária e seguir nosso trabalho. O Brasil tem dinâmica própria de crescimento", garantiu Guedes, diante da proximidade do dólar à faixa dos R$ 5, valor já alcançado nas casas de câmbio, e do petróleo recuando 31%, na maior queda desde 1991, período em que ocorria a Guerra do Golfo. 

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Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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