Anonymous Brasil nega exposição da relação de Bolsonaro em assassinato

Na noite da última segunda-feira (1º), um perfil no Twitter auto-intitulado como Anonymous Brasil chamou atenção pela suposta iminência de informações que ligariam o presidente Jair Bolsonaro à morte de uma pessoa pública no Brasil, ganhando espaço em matérias de alguns portais de notícia, mas na manhã desta terça-feira (2), a conta verdadeira do Anonymous Brasil desmentiu as informações, afirmando que há "dezenas de contas com o nome Anonymous" sendo criadas nos últimos dias. 

Apesar disso, o grupo de hackers vazou dados pessoais de Bolsonaro e seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, além do ministro da Educação, Abraham Weintraub, da ministra da Família, Damares Alves e alvos do inquérito que investiga a disseminação de fake-news, o empresário Luciano Hang e o deputado estadual Douglas Garcia.

Os dados incluíam CPF, RG, número de documentos sigilosos, endereços, declaração de bens, informações pessoais de parentes, entre outros. Nas redes sociais, alguns internautas, inclusive, relataram tentativas de utilizar números de cartão de crédito que também foram expostos, sem sucesso.

Leia mais: Campanha "Somos 70 por Cento" ganha forte adesão.

Garcia, que representa o Movimento Conservador na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e costumeiramente levanta bandeiras de exaltação a Bolsonaro, confirmou o vazamento através do Twitter e chamou os hackers de fascistas. "Anonymous Brasil, de forma criminosa, acaba de divulgar todos os meus dados nas redes sociais. Para que colocar os meus familiares em risco? Para que divulgar o endereço de minha casa? Os lugares em que trabalhei? Estou indo agora mesmo na delegacia fazer um boletim de ocorrência", disse o deputado que, pouco tempo depois, confirmou a "queda" do perfil Anonymous no Twitter e exigiu cadeia para os membros da legião. 

Carlos Bolsonaro também comentou sobre o assunto utilizando-se de deboches aos cidadãos que protestam a favor da democracia. "A turma "pró-democracia" vazou meus dados pessoais e de outros na internet. Após vermos violações do direito à livre expressão, agora ferem a privacidade. Sob a desculpa de 'combater o mal', justificam seus crimes e fazem justamente aquilo que nos acusam, mas nunca provam!", disparou o vereador na manhã desta terça-feira (2).