Fãs de K-Pop se unem e derrubam hashtags racistas e extremistas nas redes sociais

A tática de protesto virtual abafou efetivamente posts racistas e extremistas nas mídias sociais.
A tática de protesto virtual abafou efetivamente posts racistas e extremistas nas mídias sociais.
Carol Souza
Por Carol Souza

Se há algo que os fãs de K-pop sabem fazer excepcionalmente bem, é se unir e se mobilizar por uma boa causa. Enquanto anteriormente eles se uniram a seus artistas favoritos, agora estão usando seus poderes para derrubar hashtags racistas e extremistas nas mídias sociais, como "#whitelivesmatter", "#bluelivesmatter" e "#MAGA".

No Twitter e no Instagram, os fãs de K-pop inundaram as tags acima mencionadas com vídeos de seus grupos favoritos de K-pop (os chamados fancams), GIFs e memes. A enxurrada dessas postagens, pelo menos por um curto período de tempo, efetivamente abafou as postagens realmente relacionadas às hashtags, como visto na imagem abaixo:

Na tentativa de 'floodar', a tag entrou como assunto de Kpop com vários fancams
Na tentativa de 'floodar', a tag entrou como assunto de Kpop com vários fancams
Na tentativa de 'floodar', a tag entrou como assunto de Kpop com vários fancams

Como o The Verge apontou, alguns fãs mais diligentes têm como alvo hashtags pertencentes a protestos locais muito específicos. No início desta semana, a conta do Twitter da polícia de Kirkland, Washington, solicitou aos seguidores que usassem a tag #calminkirkland para enviar informações sobre tumultos e saques, para que pudessem identificar manifestantes. Essa tag foi derrubada e inundada por vídeos do BTS.

Esse tipo de protesto virtual vem se apoderando das mídias sociais, à medida que mais e mais protestos acerca do assassinato de George Floyd e do movimento "Black Lives Matter" tomam força nos EUA - e no mundo! Um usuário do Instagram postou recentemente um guia bastante útil sobre como aplicar esses métodos de protesto, e o mesmo tem sido amplamente compartilhado por músicos importantes como Charli XCX.

"Isso me fez pensar em como usamos as mídias sociais, segmentamos nossas postagens para as pessoas negras. Compartilhando trauma e estresse para pessoas negras. Discursando e gritando para mais pessoas negras", explicou. "Portanto, a questão é, como podemos continuar compartilhando, mas de maneira eficaz? Temos que pensar em nosso público-alvo (o opressor) e onde eles ficam virtualmente. Temos que usar suas hashtags para encontrá-los virtualmente".

O protesto dos fãs de K-pop foi sua segunda tática nas mídias, após a sua bem-sucedida retirada do aplicativo iWatch do Departamento de Polícia de Dallas do ar no fim de semana passado. O DPD pretendia usar o aplicativo para obter vídeos enviados por usuários sobre "atividades ilegais dos protestos". Em vez disso, os fãs de K-pop inundaram o aplicativo com conteúdo K-pop, forçando o DPD a desligar o aplicativo.

Também no Twitter, a plataforma em que aparecem em seus pronunciamentos, o grupo de hackers Anonymous elogiou o trabalho dos fãs de K-pop. Veja abaixo:

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
Fale com o autor: [email protected]
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