Jornal The New York Times dedica uma página inteira a investigação de corrupção na família Bolsonaro


Os jornalistas Ernesto Londoño, Manuela Andreoni e Letícia Casado prepararam um artigo para o jornal americano The New York Times dedicado à investigação dos casos de corrupção da família Bolsonaro. Com uma página inteira, o jornal levanta as questões entre os Bolsonaro e a família Queiroz.
Investigação de corrupção da família Bolsonaro na capa do caderno de Internacional do New York Times deste sábado pic.twitter.com/osVKZmucBB
— Guga Chacra ?????????? (@gugachacra) August 29, 2020
O jornal aborda o esquema de "rachadinhas", explicando para os leitores seus funcionamento, que foi empregado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro entre os funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro. A reportagem inicia com uma pergunta incomoda para o clã: "O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, estava visitando uma catedral na capital nos últimos dias quando um repórter fez uma pergunta: Presidente, por que sua esposa recebeu $16.000 de um ex-assessor sob investigação de corrupção?".
Em tom bastante duro, os autores relatam como o presidente, que se dizia contrário a "velha-política", está fazendo uso dela agora. "Agora Bolsonaro, cuja surpreendente ascensão da periferia da política de extrema direita à presidência foi em grande parte impulsionada por uma promessa de erradicar a corrupção e o crime, é acusado de minar o estado de direito, à medida que os escândalos se aproximam cada vez mais da presidência Palácio".
O relacionamento entre Michelle Bolsonaro e o presidente também é citado, mostrando como desde a união dos dois o patrimônio da família cresceu substancialmente. "O gabinete do presidente se recusou a comentar o caso em nome de Bolsonaro e sua esposa. Michelle Bolsonaro conheceu o marido em 2006, enquanto trabalhava como secretária no Congresso. Depois que os dois começaram a namorar, ela se juntou à equipe legislativa dele, uma mudança que triplicou seu salário", relatam.
Por fim, seus autores relatam como a população está mais preocupada com a própria sobrevivência atualmente, em meio a pandemia, do que com os crimes de colarinho branco cometidos pelos políticos de Brasília. E que este pano de fundo é o ideal para que mais uma vez, os envolvidos tentem obstruir a justiça.
