Aliada da oposição em Belarus é presa na fronteira da Ucrânia
Svetlana Tikhanovskaya, líder da oposição bielorrussa que está no exílio desde o término das eleições no país em agosto, pediu a libertação imediata de sua colaboradora Maria Kolésnikova, presa na segunda (7) na fronteira da Ucrânia.
A prisão é mais um episódio do aumento da repressão contra os críticos do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko. “Kolesnikova está atualmente detida”, informou o porta-voz da Guarda de Fronteiras, Anton Bytchkovski, sobre a última das três mulheres que lideraram a campanha presidencial da oposição que ainda estavam em Belarus.
Kolesnikova integra o "Conselho de Coordenação" da oposição, e estava no momento da prisão com os outros membros Anton Rodenkov e Ivan Kravtsov. Os dois homens conseguiram seguir para o país vizinho. “Maria Kolésnikova deve ser libertada imediatamente, assim como todos os membros do Conselho de Coordenação [para a transferência pacífica do poder] e presos políticos anteriormente detidos”, afirmou Tikhanovskaya, que está exilada na Lituânia.
A ex-candidata à presidência, Svetlana Tikhanovskaya, que denuncia fraude nas eleições de 9 de agosto, afirmou que a função do Conselho de Coordenação é ser uma plataforma para negociações. "Temos certeza de que ela foi sequestrada nesta manhã, mas não sabemos ainda o que aconteceu epois. Talvez ela esteja na cadeia, ninguém sabe", disse a ex-candidata em entrevista à CNN.
O atual governo, de Lukashenko, de 66 anos, governa Belarus desde 1994 e tem enfrentado várias manifestações populares e se nega a dialogar com a oposição. Mais de 7 mil pessoas já foram detidas desde o início das manifestações contra o governo. Os países europeus não reconhecem o resultado das eleições bielorrussa,