Lula e Trump se reúnem na Malásia e abrem diálogo sobre tarifas e democracia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, protagonizaram neste domingo (26) um aguardado encontro em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a cúpula internacional de líderes. A reunião, realizada em meio a um cenário de incertezas comerciais e tensões diplomáticas, foi marcada por conversas francas sobre tarifas de importação e o papel das democracias no cenário global.

Segundo fontes do Itamaraty, Lula abriu a conversa destacando a importância de relações comerciais equilibradas e pediu a revisão do tarifaço de 50% imposto por Washington sobre produtos brasileiros. Trump, por sua vez, sinalizou disposição para negociar, mas ressaltou a necessidade de proteger a indústria americana. Ambos concordaram em criar um grupo de trabalho bilateral para buscar soluções práticas nos próximos meses.

Além das questões econômicas, Lula e Trump trocaram impressões sobre o momento político de seus países. O brasileiro relatou a Trump os desafios enfrentados no combate à desinformação e à polarização, ressaltando a importância do respeito às instituições. Trump, em tom conciliador, elogiou a trajetória política de Lula e afirmou que “o diálogo é sempre o melhor caminho, mesmo entre líderes com visões diferentes”.

O encontro também serviu para dissipar rumores de distanciamento entre Brasil e EUA após a imposição de sanções a autoridades brasileiras. Lula enfatizou que o Brasil busca relações construtivas com todas as nações e que “a democracia é um valor inegociável”. Trump, por sua vez, sugeriu a realização de novos encontros em fóruns multilaterais para aprofundar a cooperação.

Nos bastidores, diplomatas brasileiros avaliaram o encontro como produtivo e destacaram o clima respeitoso entre os presidentes. A expectativa é que, nas próximas semanas, equipes técnicas avancem em propostas para reduzir tarifas e ampliar o comércio bilateral. Para Lula, o diálogo aberto com Trump representa uma oportunidade de reposicionar o Brasil no cenário internacional e garantir melhores condições para a economia nacional.