'Enola Holmes' destaca poder feminino e incomoda críticos conservadores

O longa estrelado por Millie Bobby Brown estreou nesta quarta, 23, e divide opiniões
O longa estrelado por Millie Bobby Brown estreou nesta quarta, 23, e divide opiniões
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

"Enola Holmes" está disponível na Netflix desde a manhã desta quarta-feira (23) e já começa a gerar um clima de alvoroço nas redes sociais, sobretudo pela clara divisão de opiniões, tanto entre as análises de críticos especializados quanto do público em geral. Na maioria dos casos negativos, é perceptível o incômodo em relação à proposta de empoderamento feminino que segue a lógica principal do filme a bordo da irmã do icônico Sherlock Holmes. 

Aos 16 anos, Millie Bobby Brown carrega consigo uma trajetória de sucesso desde quando garantiu uma enorme popularidade com a série "Stranger Things", e desde então continua crescendo, literalmente. Mais experiente do que há quatro anos, a atriz dá um show de atuação no filme dirigido por Harry Bradbeer, ganhador do Emmy de melhor direção por "Fleabag", no ano passado. 

No filme, Enola sai em busca da mãe desaparecida, interpretada por Helena Bonham Carter
No filme, Enola sai em busca da mãe desaparecida, interpretada por Helena Bonham Carter
No filme, Enola sai em busca da mãe desaparecida, interpretada por Helena Bonham Carter

Em "Enola Holmes", a dinâmica de Bradbeer com as câmeras e com as interações da personagem principal em direção ao público é imposta desde o primeiro minuto, e transmite boas energias para a condução da trama, que apesar de simples e não muito recheada de mistérios para serem solucionados, aborda uma série de questões urgentes e garante novas discussões sobre a necessidade de entender as injustiças carregadas ao longo de incontáveis gerações. 

Mesmo assim, não é difícil encontrar comentários como "Lixo absoluto", encontrado entre as avaliações de usuários no Metacritic. "Além de ruim, eu ficaria mais do que feliz em mijar forte e acordar esquecendo de ter visto isso", afirma o usuário, seguido por outro que, assim como outros desavisados, perdeu o tempo justificando seu descontentamento com base nas diferenças em relação ao livro. "Embora seja um bom filme, ele ignora completamente os pontos-chave dos livros", disse o internauta, que deu 2,5 estrelas para o filme que chamou de "bom". 

A crítica especializada também tem opiniões bem diferentes. Enquanto The Playlist, CNN e Variety deram 80, 75 e 70 pontos, respectivamente, outros portais, como o The A.V. Club e o San Francisco Chronicle (SFC), atribuíram ao filme as notas 50 e 25, respectivamente. Entre as falas de Mick LaSalle, do SFC, ele diz que o script poderia ter sido corrigido facilmente, dando dicas ao roteirista Jack Thorne como se pudesse ter sido contratado em seu lugar e afirmando que o filme "tem uma tendência feminista - mamãe está lutando pelos direitos das mulheres".

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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