Lula confirma reunião com Marco Rubio nesta quinta-feira para tratar de relações Brasil-EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, nesta quarta-feira (15), que terá uma reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, nesta quinta-feira (16). O encontro, que será realizado em Brasília, marca um novo capítulo nas negociações entre Brasil e EUA, após semanas de incertezas e trocas de declarações públicas sobre temas sensíveis, como tarifas comerciais e sanções diplomáticas.

Segundo o Palácio do Planalto, a reunião foi agendada após conversas recentes entre Lula e o presidente americano, Donald Trump, e tem como objetivo principal a retomada do diálogo direto entre os dois países. O governo brasileiro busca uma solução para o chamado "tarifaço" imposto pelos EUA a produtos nacionais, além de discutir as restrições aplicadas a autoridades brasileiras.

Fontes do Itamaraty afirmam que a expectativa é de um encontro produtivo, com espaço para negociações sobre comércio, cooperação tecnológica e temas ambientais. "O Brasil quer mostrar disposição para o diálogo e para a construção de uma agenda positiva com os Estados Unidos", afirmou um diplomata envolvido na preparação da reunião.

A visita de Marco Rubio ao Brasil ocorre em um momento de tensão nas relações bilaterais, especialmente após a adoção de medidas protecionistas por parte do governo americano. Lula, por sua vez, tem defendido a importância de manter canais abertos e evitar escaladas que possam prejudicar a economia nacional.

Além das questões comerciais, a pauta deve incluir discussões sobre mudanças climáticas, investimentos em energia limpa e cooperação em segurança internacional. O governo brasileiro também pretende abordar a situação de brasileiros nos EUA e temas migratórios.

A confirmação da reunião foi recebida com otimismo por setores empresariais e analistas políticos, que veem no encontro uma oportunidade para reaproximação entre os países. A expectativa é que, ao final da conversa, sejam anunciados avanços concretos ou, ao menos, o compromisso de manter o diálogo aberto nos próximos meses.