Com Robert Pattinson, astro de “Crepúsculo”, "Map to the Stars" constrói crítica a Hollywood e concorre a prêmio no Festival de Cannes

Com Robert Pattinson, astro de “Crepúsculo”, "Map to the Stars" constrói crítica a Hollywood e concorre a prêmio no Festival de Cannes
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

Protagonizado por Robert Pattinson, astro da franquia “Crepúsculo”, “Map to the stars” do canadense David Cronenberg de 71 anos, que retorna a Cannes pela quarta vez é uma obscura e delirante viagem à meca do cinema. O longa conta também com Julianne Moore, Mia Wasikowska e John Cusack.

Com o formato de uma família hollywoodiana rica, mas com angústias, inveja e à beira da implosão, Cronenberg revela uma sociedade obcecada pelo dinheiro e por celebridades. Também desnuda as ambições desmedidas e o oportunismo que reinam em uma cidade repleta de predadores de todo tipo.

Mas Cronenberg advertiu que o filme não é uma crítica à 'cidade dos sonhos', na Califórnia. "Acontece o mesmo em Wall Street, no Silicon Valley, em todos os lugares onde existem pessoas desesperadamente ambiciosas", afirmou o diretor.

Baseado em uma obra de Bruce Wagner, que também escreveu o roteiro, o filme de Cronenberg não deixa de evocar a sátira ferina sobre Hollywood do americano Robert Altman, O Jogador.

O diretor americano Benett Miller , em Foxcatcher, vai além na exploração do impacto do dinheiro e da ambição, ao transportar o espectador para uma história verdadeira e trágica: a do herdeiro de uma das maiores fortunas do mundo, John Du Pont. Mas a história serve a Miller apenas como ponto de partida para construir um filme fascinante que, sem lições ou mensagens políticas, convida a uma reflexão sobre o poder do dinheiro na sociedade moderna.

"Mais do que contar uma história, o que me interessava era fazer uma observação sobre o que está por baixo da história", explicou o diretor de Capote e Moneyball.

O filme conta a história de um assassinato: filantropo e grande amante do esporte, John Du Pont (Steve Carell), que levado pelo desejo de ganhar o respeito da mãe (a grande atriz britânica Vanessa Redgrave), constrói um milionário centro de treinamento em Foxcatcher, a magnífica propriedade da família, na região da Filadélfia. Com a cabeça voltada para os Jogos Olímpicos de Seul-1988, o excêntrico bilionário convida para o local o campeão olímpico de luta livre Mark Schultz (Channing Tatum) e seu irmão Dave (Mark Ruffalo), também campeão olímpico e treinador. A história acaba com o assassinato de um dos irmãos por Du Pont, o que levou o herdeiro da família, que possui a maior indústria química do mundo, a terminar a vida na prisão.

O diretor e os atores contaram em Cannes que para fazer o filme mergulharam no mundo da luta livre por vários meses. Também realizaram um trabalho de "jornalismo investigativo".

Segundo Miller, foi uma "exploração, uma aventura", no qual "cada cena é apenas a ponta do iceberg", que pela primeira vez tem um filme na mostra oficial do principal festival de cinema do mundo. 

Ainda restam quatro dias de exibições e dezoito filmes disputam a Palma de Ouro, mas a crítica já aponta alguns favoritos, como Timbuktu, sobre a guerra santa nesta cidade do Mali, e Winter sleep, do turco Nuri Bilge Ceylan, um drama íntimo rodado no centro de Anatolia.

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