Greta Thunberg se agiganta e provoca poderosos no Fórum Econômico Mundial

Sueca disse que não estão fazendo o suficiente para conter o aquecimento global
Sueca disse que não estão fazendo o suficiente para conter o aquecimento global
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Políticos, grandes jornalistas e figuras poderosas não costumam intimidar Greta Thunberg, e nesta terça-feira (21), no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, a ativista voltou a deixar isso bem claro para todas as pessoas que acompanharam seu inspirador discurso, que contou com alguns tons de provocação em certos trechos. Com sua fala no importante evento político-econômico, ela fez questão de condenar a inanição da elite econômica mundial em frear os avanços do aquecimento global, uma realidade preocupante que muitos insistem em ignorar. “Países ricos têm de zerar suas emissões e ajudar os pobres a fazerem o mesmo”, disse, falando sobre as emissões de gases estufa no painel "Construindo um caminho sustentável para um futuro coletivo". 

Durante o discurso, ela também falou sobre a baixa quantidade de medidas eficazes contra as mudanças climáticas, e uma suposta falta de vontade dos órgãos competentes. "Até agora, absolutamente nada foi feito para parar as mudanças climáticas”, esbravejou a jovem que já havia deixado claro recentemente que iria fazer barulho no Fórum. As preocupações de Thunberg não são para menos, já que os dados científicos mais recentes mostram elevações drásticas na temperatura da Terra. 2015, 2016 e 2017 bateram recordes chocantes, se tornando os anos mais quentes da história, desde 1880, quando o moderno registro passou a ser feito.

Uma série de fatores pode ser conectada diretamente ao aquecimento global, incluindo as atividades industriais e agropecuárias, desmatamento e queimadas em florestas, entre outros diversos pontos que, assim como estes, favorecem o aumento dos gases do efeito estufa. Os resultados desse aquecimento podem chegar a um nível catastrófico, a longo prazo, e é isso que ativistas como Thunberg lutam para impedir, mesmo com as dores e repressões que sofrem diariamente por desafiarem grandes autoridades.

Em seu discurso de ontem, a ativista não teve medo de alfinetar políticos e até jornalistas que estavam presentes no local, chamando atenção para dados alarmantes. “Desde o verão passado, estou repetindo esses números sem descanso em quase todos os meus discursos, mas honestamente não vi nenhum veículo de imprensa ou pessoas poderosas publicando isso ou o que isso significa. Eu sei que vocês não querem reportar isso, eu sei que vocês não querem falar disso, mas eu garanto continuar repetindo esses números até vocês fazerem”, disse a sueca de apenas 17 anos, que já coleciona premiações importantes, como o Prêmio Livelihood, o Prêmio Internacional da Criança e o Prêmio de Embaixador da Consciência, além de ter sido nomeada a Pessoa do Ano de 2019, pela revista Time.

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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