Paul McCartney pede fechamento dos "Wet Markets" da China: "É medieval"

A lenda dos Beatles também descreveu o ato de comer morcegos como 'medieval'.
A lenda dos Beatles também descreveu o ato de comer morcegos como 'medieval'.
Carol Souza
Por Carol Souza

Em uma nova entrevista no The Howard Stern Show, Paul McCartney pediu o fechamento dos "Wet Markets" da China após o surto global de coronavírus. A lenda dos Beatles também descreveu a prática de comer morcegos, que muitos acreditam ser a fonte do COVID-19, como "medieval".

Os fortes comentários de McCartney se deram na manhã desta terça-feira (14) durante uma discussão sobre a pandemia e os "Wet Markets" na China, onde os vendedores vendem animais vivos e recém-abatidos. Algumas autoridades importantes, como o Dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, pediram o fechamento dessas empresas por causa de seu suposto vínculo com a disseminação do coronavírus, e McCartney não teve vergonha de demonstrar seu apoio a esta ação.

"Eu realmente espero que isso signifique que o governo chinês diga 'OK, pessoal, nós realmente precisamos ser super higiênicos por aqui.' Vamos encarar, é um pouco medieval comer morcegos", disse Macca, segundo citações transcritas divulgadas pelo portal The Hollywood Reporter.

A menção específica de morcegos por McCartney é provavelmente uma referência à teoria de que um humano teria contraido o COVID-19 de um morcego nos "Wet Markets" de Wuhan, na China. A teoria é esta, no entanto, especialistas como o professor Stephen Turner, chefe do departamento de microbiologia da Universidade Monash de Melbourne, não acreditam que a mesma seja "conclusiva por qualquer meio".

No entanto, McCartney se manteve firme em seu apoio e pediu que celebridades como ele insistissem com as autoridades chinesas pelo fechamento. "Não é uma ideia estúpida, é uma ideia muito boa", disse ele. "Não há necessidade de todas essas mortes. E para que serve? Todas essas práticas medievais. Eles só precisam limpar sua bagunça. Isso pode levar a isso. Se isso não acontecer, não sei o que será".

"Eles podem muito bem lançar bombas atômicas porque estão afetando o mundo inteiro", continuou McCartney. "Quem é responsável por isso está em guerra com o mundo e consigo mesmo".

McCartney, um notável ativista dos direitos dos animais e vegetariano de longa data, reconheceu que os "Wet Markets" - que são centrais para a cultura alimentar na China e em outros países do Sudeste Asiático - são importantes para muitas pessoas, mas enfatizara que essa tradição precisa mudar. Ele então comparou seu fechamento com a abolição do tráfico de escravos.

"Entendo que parte disso será: 'as pessoas fazem isso desde sempre, é assim que fazemos as coisas'. Mas eles escravizaram desde sempre também. Você precisa mudar as coisas em algum momento".

Além de oferecer conselhos de saúde improvisados, o músico de 77 anos está se preparando para aparecer ao lado de Eddie Vedder, Billie Eilish, Lizzo e muitos outros no show organizado por Lady Gaga no próximo sábado (18).

"One World: Together at Home" é uma iniciativa da cantora em parceria com a OMS, e desde seu anúncio, segue angariando fundos para a luta contra a disseminação do COVID-19.

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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