Estudo sobre uso de hidroxicloroquina no tratamento de Covid-19 mostra que a droga não traz benefício

A pesquisa foi divulgada ontem (7) na revista New England Journal of Medicine (NEJM)
A pesquisa foi divulgada ontem (7) na revista New England Journal of Medicine (NEJM)
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

Um estudo promovido pela Universidade de Columbia, em Nova York, sobre a utilização de hidroxicloroquina como parte do tratamento de pessoas doentes com Covid-19 conclui que o medicamento não traz benefício ao tratamento da doença. A pesquisa foi publicada na New England Journal of Medicine (NEJM), uma das principais revistas de pesquisas médicas do mundo e é considerado o maior estudo realizado até agora com hidroxicloroquina.

De acordo com a publicação, não há qualquer benefício na administração da droga no tratamento de pacientes. Ao todo, 1.376 pacientes com Covid-19 atendidos pelo Hospital Presbiteriano, da Universidade de Columbia, em uma pesquisa observacional. O estudo descreve que cerca de 60% dos pacientes receberam hidroxicloroquina por cinco dias, relatando que “Na análise principal, não houve associação significativa entre uso de hidroxicloroquina e intubação ou morte”.

A hidroxicloroquina foi altamente difundida no Brasil e nos Estados Unidos por seus respectivos presidentes após observações positivas por parte de médicos na administração ou não da droga associada a outros medicamentos como azitromicina. Com a divulgação do remédio, houve uma corrida às farmácias, prejudicando pacientes que fazem uso regular do medicamento.

A conclusão do estudo descreve: “A administração de hidroxicloroquina não foi associada a um risco muito reduzido ou aumentado do ponto final composto de intubação ou morte. São necessários ensaios clínicos randomizados e controlados de hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19”.

Outros estudos estão sendo feitos para compreender a administração do remédio. Entretanto, mesmo sem todas as comprovações científicas necessárias, o Governo Brasileiro havia iniciado a produção em massa do medicamento por meio do laboratório do Exército.

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Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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