Stop Bolsonaro: mais de 70 cidades aderem ao movimento

Em oposição ao movimento, bolsonaristas iniciaram o ato #GoBolsonaroMundial
Em oposição ao movimento, bolsonaristas iniciaram o ato #GoBolsonaroMundial
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

O domingo (28) foi marcado por um ato internacional denominado "#StopBolsonaroMundial", organizado por diversos brasileiros que vivem no exterior e apoiados por entidades, contrários as ações do atual presidente do Brasil. As manifestações foram online e em mais de 70 cidades, em 25 países.

Vários participantes pediam a cassação do mandato de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, chamando Bolsonaro de fascista e o ex-presidente Lula de inocente. Na internet, foram criados vários eventos no Facebook para organização dos participantes com os horários e locais de concentração, além de um site e contas no Instagram e no Twitter para publicação de fotos e vídeos.

Vários políticos e personalidades públicas aderiram ao movimento, também publicando em suas redes sociais banners e suas palavras contra o atual presidente, em especial na atual gestão da pandemia do novo coronavírus no país, que já tem mais de 57 mil mortos pela doença.

Aqui no Brasil, o movimento #StopBolsonaroMundial foi desenvolvido com a iniciativa da Frente Internacional Brasileiros (FIBRA), criado após em 2016 após a destituição da presidente Dilma Rousseff pelo Parlamento. O movimento de brasileiros no exterior também promoveu a campanha "Lula Livre" em vários países, enquanto o ex-presidente esteva preso.

Apesar do momento delicado de isolamento social e tímida reabertura do comércio e circulação em vários países, o movimento analisou que não era mais possível protelar o protesto, já que estava originalmente marcado para fevereiro e foi adiado em função do novo coronavírus. Para os organizadores, há o temor de que Bolsonaro torne-se um ditador de fato e citam que: "a Amazônia está queimando. Indígenas estão sendo expulsos. Inocentes nas favelas são assassinados. O Covid faz mais vítimas todos os dias. Os necessitados não recebem ajuda. Mas as pessoas pedem por armas e o PRESIDENTE ameaça o Parlamento todos os domingos. Portanto, é urgente".

O ato também relembrou que a data de hoje celebra o Dia do Orgulho LGBTQI+, com publicações, fotos e bandeiras do movimento.

Os apoiadores do presidente, incluindo seus filhos, subiram a hashtag "#GoBolsonaroMundial" no tranding mundial, relembrando as bandeiras do presidente como família, Deus, livre comércio, entre outros, e que o país está sob um suposto ataque comunista.

Relembraram também as recentes investigações da Polícia Federal e a prisão de diversos bolsonaristas, como Sara Winter, Oswaldo Eustáquio, Renan Sena, entre outros, por ataques ao STF e por propagação de Fake News.

Sobre o autor

Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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